G-Shock: relógio 'inquebrável' faz 40 anos; o que há por trás do sucesso?

O icônico G-Shock faz 40 anos em 2023. Sucesso mundial, principalmente entre jovens e atletas, o relógio da Casio segue referência em estilo e resistência.

Desde o modelo original, preto retangular, hoje há dezenas de outras opções, para todos os gostos e bolsos. O Guia de Compras UOL separou alguns deles, incluindo bons descontos. Todos têm entrega garantida até o Natal, e são ótimas opções de presente para alguém querido —ou até para si mesmo.

O G-Shock foi criado pelo engenheiro japonês Kikuo Ibe, 71, que passou dois anos desenvolvendo mais de 200 protótipos até chegar a um relógio "inquebrável". Em 1983, a Casio lançou o primeiro modelo, DW-5000C, e o resto é história. Até hoje, são mais de 140 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

A resistência é mais que comprovada, pois ele já foi jogado de alturas enormes, martelado, eletrificado, esmagado por um rolo compressor e entrou para o Guinness, o livro dos recordes, como o "relógio que suporta maior impacto", após uma carreta de 25 toneladas passar por cima dele.

Nós, inclusive, atropelamos o G-Shock do próprio senhor Ibe, para conferir se era verdade (o vídeo está na abertura deste texto).

Por que o G-Shock é 'inquebrável'?

Seu principal segredo é ter um bolsão de ar ao redor do "coração" do relógio. Por isso, ele não é fininho. A receita de sucesso contém outros ingredientes:

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  • por dentro, a estrutura oca permite que o módulo flutue e, assim, não sofra choques diretos;
  • materiais amortecedores internos;
  • componentes internos protegidos por revestimento de uretano, um composto maleável;
  • caixa 3D com saliências, que servem de escudo;
  • pulseira curvada de borracha para impedir que a parte de trás do relógio bata no chão ao cair;
  • vidro de safira para aumentar a robustez.
Kikuo Ibe mostra como funciona o sistema de amortecimento, em que o relógio "flutua" no ar
Kikuo Ibe mostra como funciona o sistema de amortecimento, em que o relógio "flutua" no ar Imagem: Marcella Duarte/UOL

O G-Shock é feito para sobreviver a:

  • impactos físicos;
  • eletricidade e magnetismo;
  • efeitos da gravidade;
  • vibração;
  • baixas temperaturas;
  • água.

Estilo atemporal

Muito grande e bruto para a estética da época, em que relógios eram itens belos e frágeis, o primeiro G-Shock não foi um sucesso imediato. Militares, bombeiros e outros trabalhadores que precisavam de resistência e funções úteis, como cronômetro e iluminação, foram o público inicial. No início dos anos 1990, porém, caiu no gosto de esportistas, principalmente os do skate e do surf.

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A partir daí, ganhou o mundo. Quatro décadas depois e mantendo a mesma base do design, segue no pulso das mais diversas pessoas. Segundo a Casio, Estados Unidos e o Brasil são dois dos maiores mercados do G-Shock. Há até clubes de aficionados.

"No Brasil ele virou moda, uma coisa mais fashion, para uso no dia a dia. Acho que os brasileiros têm o olho muito aguçado para enxergar produtos bons. Adoro o país", disse Ibe ao UOL.

Um dos desafios atuais é criar modelos que continuem agradando os fãs da velha guarda — hoje com mais de 40 anos — e que também conquistem as novas gerações. Há opções coloridas, analógicas, digitais, redondas, octogonais (um dos queridinhos do momento), femininas e mais.

"Desde sempre, o G-Shock esteve conectado com cultura, música, moda e artes. Assim conseguimos atingir as mais diferentes pessoas no mundo todo, mantendo nosso conceito único e original. É uma longa história de sucesso", disse Tetsuro Ono, diretor geral da divisão de vendas internacionais da Casio, durante as celebrações de 40 anos do relógio.

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