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Saiba como robôs têm ajudado seleção japonesa a evoluir ataque no vôlei

Seleção japonesa feminina de vôlei tem robôs ajudando seus treinos - Divulgação/FIVB
Seleção japonesa feminina de vôlei tem robôs ajudando seus treinos Imagem: Divulgação/FIVB

Lucas Pastore

Do UOL, em São Paulo

27/06/2017 04h00

Enquanto se apronta para o Grand Prix, a seleção japonesa feminina de vôlei conta com importante tecnologia aliada da equipe nacional desde a preparação para a Olimpíada do Rio de Janeiro. Treinando contra robôs desenvolvidos pela Universidade de Tsukuba para aumentar ainda mais a velocidade das atacantes, tradicional característica das asiáticas na modalidade.

Segundo reportagem do site “Digital Trends”, o projeto consiste em três robôs posicionados na rede. Podem ser controlados para bloquearem as atacantes o mais rapidamente possível durante os treinos ou para simularem características de adversários e ajudarem na preparação para jogos.

O auxílio da Universidade é tradição para os esportes japoneses. O projeto, pedido pela seleção, foi financiado por um órgão governamental para ajudar a melhorar o nível da equipe nacional.

"O projeto foi financeiramente apoiado pelo Projeto de Apoio ao Alto Desempenho, ou HPS, que é patrocinado pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia", contou Hiroo Iwata, professor do Instituto de Engenharia Mecânica e de Sistemas da universidade e responsável pelo projeto, ao UOL Esporte.

"O HPS existe para apoiar vários esportes que podem ganhar medalhas nos Jogos Olímpicos", explicou.

De acordo com Iwata, especializado em projetos de vôlei, três pessoas trabalharam por cinco anos no projeto. Ajudar as jogadoras a usar a velocidade para evitar bloqueios foi a principal meta do projeto.

"Atacantes podem evitar bloqueadoras altas de outras seleções. Os robôs simulam o bloqueio mais rápido possível", disse.

Na primeira grande competição com a novidade tecnológica como aliada, o Japão terminou o grupo A da Olimpíada do Rio de Janeiro na quarta colocação. Nas quartas de final, a seleção foi eliminada pelos Estados Unidos com derrota por 3 a 0.

Para o Grand Prix, a equipe nacional trocou o comando. Kumi Nakata assumiu em maio em substituição a Masayoshi Manabe. O Japão estreia na competição dia 7/7, contra Tailândia, na Holanda. Além da seleção anfitriã, a República Dominicana completa o grupo C1 da fase de classificação.