Técnico da Sérvia é tio de Djokovic. Quem se dá bem com isso é Zé Roberto

Atleta mais famoso da Sérvia, Novak Djokovic tinha mais um motivo especial para torcer para a seleção de seu país no Mundial feminino de vôlei. Terzic Zoran, treinador da equipe sérvia, é seu tio, e quem tem de agradecer por isso é o técnico brasileiro José Roberto Guimarães.

Amigo próximo do técnico da Sérvia e fã de tênis, o brasileiro descobriu por coincidência o parentesco entre o colega treinador e o tenista e aproveitou para tietar Novak Djokovic, pedindo um presente autografado do número 1 do mundo no tênis. E foi “atendido”.

“Eu estava no Fenerbahçe na época e estava acontecendo Campeonato Europeu de vôlei na Sérvia. Estava vendo na televisão a semifinal e vi o Djokovic na plateia. Eu falei ‘o que ele está fazendo na plateia?’. Na final, Sérvia e Alemanha, ele de novo na área vip. Falei: ‘quando encontrar o Terzic, eu vou perguntar para ele’. Na primeira oportunidade, falei: ‘escuta, o que o Novak estava fazendo lá?’. Ele falou: ‘foi obrigado, foi convocado’. Eu falei: ‘foi convocado por quem? Presidente da Sérvia?'. Ele falou: ‘não, ele foi convocado porque é meu sobrinho, filho da minha irmã e eu pedi para ele dar palestra para as meninas. Ele chegou lá, todo mundo se surpreendeu e foi impacto muito positivo’", relembrou Zé Roberto.

"O Terzic me contou, que ele (Djokovic) chegou até pedindo autógrafo para as meninas e a coisa foi meio trocada. Elas falaram ‘nós é que temos de pedir autógrafo para você’. Ele falou com elas e deu sorte que acabou ganhando o campeonato”, completou o brasileiro.

“Quando ele me contou, eu falei ‘você vai fazer um favor para mim, eu vou pedir uma raquete dele, quero usada de qualquer torneio que tenha participado’. Ele falou que ia arrumar, e fiquei naquela 'será que a raquete vem?'. Chegando à Olimpíada (de Londres em 2012), eu o encontrei na Vila e ele falou que o presente estava lá”, completou.

Atualmente, a raquete dada por Djokovic está exposta na sala da casa de José Roberto Guimarães. Mas, antes disso, ele quase estragou o presente.

“Eu fiz uma grande bobagem, fui jogar com ela duas vezes, acabei borrando assinatura, aí que me dei conta que não podia e botei na parede de casa e está lá. A única coisa que carrego comigo na raquete que eu jogo é o antivibrador, que veio na raquete que ele me deu e eu ponho na minha para lembrar dele”, afirmou.

Perguntado sobre seu talento como jogador de tênis, Zé Roberto foi taxativo. “Sou horrível. Dou minhas raquetadas, mas não gosto de jogar, gosto de bater para correr um pouco, fazer um pouco de esporte, mas sou péssimo como jogador de tênis”, finalizou.

Procurado pela reportagem para comentar sua relação com Djokovic, Terzic Zoran disse que não gosta de falar sobre sua vida pessoal. A equipe comandada pelo treinador acabou o Mundial na sétima colocação.