Crescimento torna a Fórmula E mais próxima da F1 do que ela gostaria
![Boxes na Fórmula E em Marrakesh - Julianne Cerasoli](https://conteudo.imguol.com.br/c/esporte/98/2019/01/12/boxes-na-formula-e-em-marrakesh-1547331333065_v2_900x506.jpg)
Os sinais de que a Fórmula E é uma categoria jovem que está buscando promover seu evento de maneira diferente de outros campeonatos do automobilismo estão por todos os lados. No Reino Unido, por exemplo, a transmissão é feita por YouTubers, e, na pista, o acesso aos pilotos é facilitado, e jornalistas inclusive podem caminhar dentro dos boxes, algo totalmente impensável na sisuda e cheia de regras Fórmula 1.
Tanto, que a declaração recente do chefe da Mercedes, Toto Wolff, que disse não saber se a categoria era "uma competição ou um evento" não causou mal-estar algum. Afinal, ouvidos pelo UOL Esporte no Marrocos, palco da segunda etapa da temporada, o CEO da F-E, Alejandro Agag, e a chefe da equipe Venturi e esposa de Toto, Susie Wolff, afirmaram com tranquilidade que a categoria tem, sim, o entretenimento como um grande foco.
"Diria que somos show e competição. E estou muito contente com essa definição. Temos muito orgulho do nosso evento, porque dizemos que a Fórmula E é mais do que um evento. Quero criar um movimento consistente para carros elétricos e isso é um evento", defende o espanhol.
Nesse sentido, não é coincidência que a Fórmula E só tenha etapas em destinos turísticos, faça as provas aos sábados - com classificação e corrida no mesmo dia, diferentemente das atividades da F1, que duram três dias - e aproveite a falta do ruído dos motores para se apresentar como um evento para toda a família. A ideia central de tudo isso é promover mais do que uma corrida em si, mas uma experiência.
Todo esse clima de grande acessibilidade, contudo, está diminuindo a cada dia, segundo quem trabalha na categoria. E tudo tem a ver com seu próprio crescimento. A partir do momento que mais e mais montadoras começaram a se interessar pelo esporte e usá-lo como plataforma de desenvolvimento para seus carros, o controle de informações e circulação começou a caminhar para o que a Fórmula 1 acabou se tornando.
E esse é um fenômeno difícil de conter, como Lucas Di Grassi, que está na F-E desde seu nascimento, afirmou ao UOL Esporte.
Apesar dos tempos de maior acessibilidade de uma categoria nova parecerem estar contados, pelo menos uma característica a Fórmula E nunca vai perder - para o bem ou para o mal, dependendo do ponto de vista. "Fui no GP de Mônaco da F1 e nunca mais voltei porque foi horrível, era muito barulho", revelou a atriz Elizabeth Hurley, convidada na etapa do Marrocos. "Não sabia o que esperar porque não me interesso nem um pouco em carros, mas só de não ter o barulho já é bem melhor."
O e-Prix de Marrakesh foi vencido por Jerome D'Ambrosio, que lidera a temporada depois de duas etapas. A corrida não foi boa para os brasileiros: Lucas Di Grassi foi o sétimo, Nelsinho Piquet, o 14º, e Felipe Massa, o último.
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