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Fifa pune cartola palestino por pedir que camisas de Messi fossem queimadas

Jibril Al Rajoub, presidente da Federação Palestina de Futebol, mostra cartão vermelho em Congresso da Fifa em protesto à presença de Israel entre os filiados da entidade - REUTERS/Ruben Sprich
Jibril Al Rajoub, presidente da Federação Palestina de Futebol, mostra cartão vermelho em Congresso da Fifa em protesto à presença de Israel entre os filiados da entidade Imagem: REUTERS/Ruben Sprich

Da Reuters, em Zurique

24/08/2018 12h23

O chefe da Associação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, foi afastado pela Fifa de todas as atividades relacionadas ao esporte por um ano nesta sexta-feira após ser acusado de incitar o ódio e a violência antes de um amistoso entre Israel e Argentina.

Rajoub protestou depois que Israel mudou o local do jogo de junho de Haifa para Jerusalém. Ele incentivou palestinos a queimarem camisas com o nome de Lionel Messi se o astro da Argentina aceitasse jogar no novo local.

A mudança ocorreu em um momento particularmente delicado -- o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havido reconhecido Jerusalém como capital israelense, enfurecendo os palestinos que querem a parte oriental da cidade como capital de seu Estado futuro.

A Fifa, entidade que governa o futebol mundial, disse nesta sexta-feira que seu comitê disciplinar concluiu que os comentários de Rajoub "incitaram ódio e violência", banindo-o por 12 meses e o multando em 20 mil dólares.

Rajoub está proibido de "participar de qualquer partida ou competição futura que aconteça durante o período referido". Isso inclui comparecer a partidas no exercício de qualquer cargo e de atividades midiáticas dentro ou nos arredores de estádios em dias de jogo, acrescentou.

Rajoub e a Associação Palestina de Futebol não responderam de imediato ao anúncio. A associação israelense não quis comentar.

A Argentina acabou decidindo não disputar o amistoso, que teria sido sua última atuação na Copa do Mundo, por causa da pressão política crescente em reação ao jogo.

(Por Brian Homewood; Reportagem adicional de Ori Lewis em Jerusalém)