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Planejar estratégia para Messi pode prejudicar França

29/06/2018 18h09

FUT-COPA-FRANCA-MESSI:Planejar estratégia para Messi pode prejudicar França

Por Ian Ransom

KAZAN, Rússia (Reuters) - Didier Deschamps pode estar tentado a adotar uma estratégia "sem Messi, sem Argentina" ao se preparar para a partida de sábado das oitavas de final da Copa do Mundo, mas o técnico francês também precisa estar consciente de tirar o máximo proveito dos seus próprios jogadores de renome.

O avanço tranquilo da França para a fase mata-mata com duas vitórias e um empate tornou-os favoritos para superar a equipe argentina, que foi derrotada pela Croácia e precisou de uma vitória na última partida contra a Nigéria para assegurar a vaga.

Ele também maquiou uma série de performances abaixo do esperado dos Bleus na fase de grupos, cuja galáxia de jovens jogadores ainda precisa brilhar verdadeiramente no maior palco.

Messi, seu legado na Copa do Mundo e a dependência da Argentina no atacante do Barcelona, no entanto, têm dominado a narrativa que antecede o embate de sábado em Kazan.

Em sua coletiva de imprensa nesta sexta-feira, Deschamps foi questionado repetidamente sobre como a França pararia Messi, e ele respondeu pacientemente até que uma quarta pergunta do tipo gerou um pequeno suspiro de exasperação.

"Esse jogador é excepcional, então teremos que tomar uma série de precauções", disse o ex-jogador campeão mundial.

Impedir a bola de chegar até Messi ao ganhar a batalha do meio-campo seria o ponto de partida óbvio para as medidas cuidadosas de Deschamps.

A Croácia conseguiu encobrir Messi ao ter Ivan Strinic eMarcelo Brozovica, logo atrás dos meio-campistas Luka Modric e Ivan Rakitic, e se revezando em acompanhar o jogador mais perigoso da Argentina.

N'Golo Kanté e Blaise Matuidi podem ser colocados em funções semelhantes, e Deschamps poderia escolher voltar a uma formação 4-2-3-1 mais conservadora com Matuidi cobrindo a ala esquerda ao invés de uma opção mais ofensiva.

Concentrar-se demais em Messi, no entanto, também poderia se mostrar sufocante para o ataque francês, que até agora demonstrou ser uma coleção de peças caras que ainda precisam entrar em sintonia.