Fifa divulgará em março relatório final sobre caso ISL, que envolve Havelange e Teixeira
O chefe de combate à corrupção da Fifa deve apresentar em março seu relatório final sobre o escândalo de corrupção que envolve a falida empresa ISL, disse na quinta-feira a entidade que comanda o futebol mundial.
O procurador norte-americano Michael Garcia, que já trabalhou com questões como fiscalização de armas e combate à lavagem de dinheiro, foi eleito em julho para dirigir a câmara investigativa do comitê de ética da Fifa, responsável por analisar casos de corrupção no futebol. Uma das suas primeiras tarefas foi retomar o caso da falida ISL, que era a empresa contratada pela Fifa para gerir ações de marketing.
Em nota, a Fifa disse que o caso continua sendo investigado, e que Garcia deve apresentar suas conclusões na próxima reunião do comitê de ética, em março.
Em um documento judicial divulgado em julho passado, um promotor suíço acusou os brasileiros João Havelange e Ricardo Teixeira, respectivamente ex-presidente e ex-membro do comitê executivo da Fifa, de terem recebido milhões de dólares em subornos relativos a contratos para Copas do Mundo na década de 1990. As propinas teriam sido pagas pela ISL, que faliu em 2001.
Havelange continua sendo presidente de honra da Fifa. Teixeira renunciou no ano passado à presidência da CBF (Confederação Braesileira de Futebol) e do comitê organizador da Copa de 2014.
O parlamentar suíço Roland Buechel disse na época da denúncia que a Fifa precisaria aprofundar as investigações do caso ISL envolvendo dois outros integrantes do comitê-executivo, Nicolás Leoz e Issa Hayatou.
Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol, foi repreendido em 2011 pelo Comitê Olímpico Internacional depois de admitir ter recebido pagamentos da ISL, embora os valores não tenham sido qualificados como subornos.
O paraguaio Leoz, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), foi acusado em um programa da BBC de ter também recebido dinheiro da ISL. Ele nega qualquer irregularidade.
A Fifa reiterou que o comitê de ética vai rever as suspeitas envolvendo a escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, entregues respectivamente à Rússia e ao Catar.
"Como já foi publicamente anunciado, certas acusações relativas aos fatos que cercam as candidaturas para a Copa do Mundo de 2018 e 2022 foram remetidas ao comitê de ética pela Fifa, após reportagens da imprensa", acrescentou a nota.
"Pretendemos conduzir uma minuciosa revisão dessas alegações, incluindo a base de indícios e a credibilidade de quaisquer acusações de desvios individuais de conduta."
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