Felipe Gomes falha na luta pelo bi e é bronze nos 400 m T11

Medalha de ouro no ano passado em Paris, Felipe Gomes ficou perto do bicampeonato dos 400 m T11 do Mundial de atletismo paralímpico, mas perdeu ritmo no final, foi ultrapassado por dois concorrentes e acabou com o bronze. O campeão foi Chris Kinda, da Namíbia, enquanto o espanhol Eduardo Novas faturou a prata.

A prova aconteceu embaixo de chuva, mas Felipe Gomes deu a pinta de que poderia vencer. Medalha de bronze em 2019 e ouro em 2023, ele liderou a prova por pouco mais de 300 metros. Na reta final, entretanto, Chris Kinda arrancou e pulou do terceiro para o primeiro lugar, enquanto o brasileiro perdeu ritmo e ficou atrás também do espanhol Eduardo Novas, que cruzou a linha de chegada em segundo lugar.

Apesar do bronze, Felipe Gomes fez 52s65, sua melhor marca no ano. O vencedor Chris Kinda fez 52s35. "Foi uma prova dura, sabia que ia ser difícil. Entrei disposto a dar o meu melhor e me esforçar até o final. Graças a Deus consegui ficar no pódio. E agora vamos trabalhar para a Paralimpíada", prometeu Felipe Gomes.

Quatro finalistas

Campeão mundial com direito a recorde mundial nos 5000 m T11, Yeltsin Jacques se garantiu na final dos 1500 m com o melhor tempo das eliminatórias. Ele marcou 4min05s22, fez sua melhor marca na temporada e vai entrar na decisão das medalhas como favorito. A outra bateria teve Júlio César Agripino como vencedor. O também brasileiro marcou 4min07s28 e avançou para a final com o terceiro tempo.

Nos 400 m T20, Antonia Keyla venceu sua bateria com 58s42 e avançou para a final com a terceira melhor marca. Já Jardênia Félix não teve a mesma sorte. A atleta marcou 1min03s91, ficou em quarto em sua série e acabou com a 13ª posição na classificação geral.

O Brasil também avançou para a final nos 800 m T54 do Mundial de atletismo paralímpico. Aline Rocha marcou 1min58s42 e se classificou com o sétimo tempo da prova.

Medalha sub judice

A medalha de ouro conquistada pela manhã por Cícero Nobre no lançamento de dardo F57 está sob protesto. O brasileiro alcançou 50,18 m e sua marca não está em discussão. O que o turco Muhammet Khalvandi e o iraniano Amanolah Papi estão reclamando é de marcas obtidas por eles que foram invalidadas pelos árbitros como queima.

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Por conta dos recursos, os vídeos dos lançamentos dos dois atletas estão sendo analisados frame a frame para verificar se a arbitragem acertou ou não quando decidiu invalidar três tentativas do turco e mais três do iraniano.

Enquanto a organização avalia os protestos, o resultado da prova fica fora do quadro de medalhas do Mundial de atletismo paralímpico, o que faz com que o Brasil perca a liderança para a China.

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