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Collina, árbitro da final da Copa de 2002, faz balanço positivo do VAR

Ex-árbitro Pierluigi Collina também comparece ao "Fifa The Best" - Reuters/John Sibley
Ex-árbitro Pierluigi Collina também comparece ao "Fifa The Best" Imagem: Reuters/John Sibley

Madri (Espanha)

10/07/2020 15h38

O italiano Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Árbitros da Fifa e árbitro da final da Copa do Mundo de 2002, admitiu hoje que os erros acabaram com carreiras de juízes no passado e fez um balanço positivo do uso das imagens para revisar marcações.

"Os torcedores gostam que o VAR corrija uma decisão, mas que não demore muito tempo", disse o agora dirigente, que concedeu palestra no fórum virtual WFS Live, que é organizado pelo World Football Summit e pelo ex-atacante Ronaldo.

Collina lembrou que, graças à tecnologia, a vida é diferente, já que todos estão rodeados de aparatos e avanços "É difícil que um campo de futebol siga como uma reserva indígena, em que não se pode utilizá-la", disse.

O italiano, reconhecido como um dos mais importantes árbitros da história do futebol, garantiu, inclusive, que se pudesse ter contado com o VAR, enquanto estava ativo, teria tido uma carreira ainda mais bem-sucedida. "Eu seria melhor agora", brincou.

Collina reconheceu que um árbitro sempre corre o risco de perder algum lance, apesar da melhor preparação, e que para isso, é importante contar com uma ferramenta complementar.

"A três letras que forma VAR devem ser parte do futebol, sem esquecermos que busca uma forma de auxiliar. Em cinco anos, passamos de não ter nada, para ter o VAR na maioria das competições importantes e na maioria dos campeonatos. É um processo que avança, e é preciso se adaptar", afirmou.

O italiano também destacou o esforço da geração atual de árbitros, para se acostumar ao trabalho com o uso da revisão por vídeo e da tecnologia da linha do gol, principalmente, por terem o trabalho mais exposto e passível de ser corrigido.

"O que tentamos fazer como Fifa, é que sejam tomadas decisões consistentes, unificadas sobre as revisões. Um dos objetivos é tentar que as regras do jogo sejam interpretadas de forma igual, com algumas diferenças por países, mas muito pequenas", avaliou.

Collina ainda apontou que, no futuro, deverá acontecer uma especialização entre os árbitros que atuam nas equipes do VAR, e ainda brincou sobre como se saiu na função.

"Eu tive algumas experiências como auxiliar, mas eu não era bom fazendo isso", disse o italiano.