Craque do Sul-Americano Sub-20 é neto de milionária e filho de ministro
Remberto Moreira.
Guayaquil (Equador), 12 fev (EFE).- Autor de seis gols na campanha que terminou com o título do Equador no Sul-Americano Sub-20, Leonardo Campana é neto de uma das maiores milionários do país e filho do atual ministro de Comércio Exterior.
Aos 18 anos, o artilheiro da competição, disputada recentemente no Chile, Léo, como é conhecido entre os companheiros de seleção, vem de um berço de ouro e é herdeiro de uma linhagem vencedora.
Seu pai é Pablo Campana, atual ministro do governo equatoriano, que fez sucesso como empresário antes de assumir o cargo público. Pablo foi tenista profissional até os 24 anos, disputou a Copa Davis e representou o país nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta.
Leo é neto de Isabel Noboa, fundadora e presidente de um dos maiores grupos empresariais do Equador e uma das executivas mais importantes da América Latina. Mas o jogador diz que segue o ensinamento do pai: sempre ser humilde.
A história de seu avô não é menos importante. Leo é neto de Isidro Romero Carbo, um dos presidentes do Barcelona de Guayaquil. Sob sua gestão, o clube construiu seu estádio, que acabou ganhando o nome de seu principal idealizador.
Leonardo Campana joga pelo clube presidido pelo avô e considera que ainda segue devendo com a camisa do Barcelona. No entanto, o artilheiro afirmou após voltar do Chile que analisará as propostas recebidas depois do desempenho de destaque no Sul-Americano.
Contra as defesas mais fechadas do torneio, o atacante enfrentou as mesmas dificuldades que o pai e o avô no mundo esportivo.
Sob a presidência de Carbo, o Barcelona foi vice-campeão da Taça Libertadores de 1990 para o Olimpia. Leonardo nasceu dez anos mais tarde, mas avalia que a derrota ocorreu devido à "arbitragem ruim".
Da avó, responsável em grande parte pela transformação vivida por Guayaquil nas últimas décadas, Leonardo Campana herdou a visão e a integridade ao enfrentar desafios.
Com um corte de cabelo da moda, o atacante já conquistou o coração dos torcedores equatorianos, que sequer acompanhavam o início da trajetória da seleção no Sul-Americano.
O talento da jovem promessa - e seus seis gols nas nove partidas disputadas no torneio - já escreveram o nome de Leonardo Campanha na história do esporte nacional. Mas, para o artilheiro, o sucesso se deve ao restante da equipe e à comissão técnica.
"Essa mudança de mentalidade foi uma obra da comissão técnica. Colocaram na nossa cabeça desde o primeiro dia que tínhamos uma boa equipe para brigar pelo título. A única coisa que faltava era acreditarmos nisso", revelou o jogador.
A confiança do técnico do Equador, Jorge Célico, veio do que Léo já havia feito pelas categorias de base do Barcelona de Guayaquil. Em dois anos, o atacante fez 41 gols em 40 jogos.
O jovem correspondeu nos gramados chilenos e se tornou o maior terror das defesas das seleções que disputaram o Sul-Americano.
Os gols no Sul-Americano garantiram a Leonardo Campana o troféu Alberto Spencer, concedido pela Conmebol em homenagem ao maior artilheiro de todos os tempos da Libertadores, com 54 gols, o também equatoriano Alberto Spencer Herrera. EFE
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