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George Weah condecora Arsène Wenger com mais alta honraria da Libéria

24/08/2018 12h55

Monróvia, 24 ago (EFE).- O ex-jogador e atual presidente da Libéria, George Weah, condecorou com a mais alta honraria do país o treinador francês Arsène Wenger, que pediu sua contratação no Monaco, equipe na qual começou sua bem-sucedida carreira no futebol.

"Não foi só um treinador, mas um pai para mim e para outros jogadores africanos que passaram sob sua tutela", expressou Weah em uma declaração especial lida pelo chefe de protocolo, Javis Witherspoon, na cerimônia de homenagem.

A condecoração de Cavaleiro Grande Comandante da Ordem Humana da Redenção Africana é a mais alta honraria que uma pessoa pode receber na Libéria por seu trabalho no âmbito humanitário e por realizar atos de apoio à nação e a seu povo.

Arsène Wenger descobriu em 1988 o jovem Weah, único Bola de Ouro africano, e por recomendação do também treinador e amigo Claude Le Roy, que também foi condecorado, pediu sua contratação no Monaco.

Depois, o jogador passaria por outras equipes europeias como o Paris Saint-Germain, o Milan, onde jogava quando foi eleito melhor do mundo; além da Chelsea e Manchester United.

No entanto, nem todos se mostraram de acordo com esta condecoração, ao considerar que o trabalho de Wenger só beneficiou Weah de forma pessoal e não a Libéria como país, então imersa em sua primeira guerra civil.

"Wenger não contribuiu para a construção do nosso Estado-nação, a Libéria, a exceção do crescimento pessoal do presidente Weah através do futebol", expressou o ativista político local, Jackson Duor.

O ativista Martin Kollie afirmou no Twitter que "Arsène Wenger e Claude Le Roy não merecem a maior honra da Libéria" e pediu que o presidente revogue sua decisão.