CR7 passa em branco, e Uruguai elimina Portugal da Copa com 2 gols de Cavani
Sochi (Rússia), 30 jun (EFE).- Em noite inspirada do atacante Edinson Cavani, autor de dois gols, o Uruguai venceu neste sábado Portugal por 2 a 1, no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, e garantiu uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo, fase na qual enfrentará a França.
O resultado do duelo de hoje selou a eliminação dos atuais campeões europeus e de mais um dos grandes astros do torneio, o atacante Cristiano Ronaldo. O camisa 7 fez história na Rússia ao marcar gols em quatro edições do torneio, igualando-se a Pelé e aos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose. No entanto, como nas outras três que disputou, não conseguiu balançar a rede em um jogo eliminatório, a partir das oitavas de final.
O placar do duelo em Sochi foi aberto pela Celeste aos 7 do primeiro tempo, após uma bela e incomum tabela de longa distância entre os atacantes Edinson Cavani e Luis Suárez. O atacante do Paris Saint-Germain inverteu a jogada da direita para o companheiro e recebeu de volta um cruzamento da esquerda para dentro da área, onde cabeceou forte e sem chance de defesa para o goleiro Rui Patrício.
Aos 10 da etapa complementar, também com uso do jogo aéreo, Portugal chegou ao empate. O lateral-esquerdo Raphael Guerreiro cruzou da esquerda, o zagueiro Pepe subiu mais que a zaga e testou firme para o fundo da rede. Foi o primeiro gol sofrido pelos uruguaios na competição.
Depois de ver o adversário voltar melhor do intervalo, o incansável Uruguai voltou a liderar o placar aos 17, em linda finalização de Cavani com o pé direito. O goleador, no entanto, teve que deixar o campo cerca de dez minutos depois, por causa de dores musculares na panturrilha esquerda.
A classificação fez com que a Celeste, campeã em 1930 e 1950, voltasse às quartas de final após um hiato em 2014. Na edição de 2010, na África do Sul, os uruguaios passaram da fase de grupos, bateram a Coreia do Sul nas oitavas, Gana nas quartas e termiram em quarto lugar, após derrotas para Holanda (nas semifinais) e Alemanha (na decisão do terceiro posto).
Há quatro anos, no Brasil, depois da primeira fase, os comandados por Óscar Tabárez foram eliminados pela Colômbia, no Maracanã, nas oitavas.
O próximo compromisso do Uruguai será na sexta-feira, contra a França, que hoje bateu a Argentina por 4 a 3. O duelo acontecerá no Estádio Nizhny Novgorod, e o vencedor poderá ser um eventual adversário do Brasil nas semifinais, caso os pentacampeões passem pelo México e, na sequência, por Bélgica ou Japão.
Para o jogo deste sábado, o Uruguai repetiu a formação da vitória sobre a Rússia por 3 a 0, na rodada final da fase de grupos. A única alteração na equipe foi o retorno do zagueiro Giménez, que se recuperou de lesão muscular e ganhou a vaga de Coates.
Portugal, por sua vez, manteve a estrutura tática, mas apresentou novidades, como a entrada do lateral-direito Ricardo Pereira no lugar de Cédric Soares, desmontando a linha defensiva que atuou nas três primeiras partidas. Além disso, João Moutinho seguiu fora, e Bernardo Silva voltou, na vaga de Ricardo Quaresma.
Com a bola rolando, depois de um início truncado, de muito estudo, aos 7, a Celeste abriu o placar. Cavani recebeu na esquerda, quase na linha lateral, inverteu o jogo, achando Suárez, que matou no peito, ajeitou e cruzou de volta para o companheiro de ataque, que apareceu no segundo pau para testar, sem dar chance a Rui Patrício.
Os lusos tentavam chegar, sempre procurando Cristiano Ronaldo, muito marcado. Enquanto isso, os uruguaios tentavam encurralar o adversário, marcando forte a saída de bola. Aos 14, Cavani roubou bola na intermediária e acionou Suárez, que invadiu a área e bateu em cima de Fonte.
Aos 21, em jogada de paciência, com muitas trocas de passe, Suárez chamou Vecino para a tabela, recebeu na intermediária e disparou, parando em falta de Fonte. O próprio atacante do Barcelona foi para a cobrança, bateu por baixo da barreira e só parou em ótima defesa de Rui Patrício.
Aos poucos, os portugueses cresceram, ficando mais no campo ofensivo, embora não tenham conseguido levar perigo ao gol de Muslera. Enquanto isso, os uruguaios se fecharam na defesa, em busca de um erro do adversário para agredir no contra-ataque.
Já nos acréscimos, após bate e rebate, Godín pegou sobra no campo de defesa e deu um chutão, achando Cavani. O atacante se aproveitou de cochilo da zaga, ajeitou e tentou bater de sem-pulo, mas acabou finalizando mal, em bola que saiu pela linha de fundo.
Para o segundo tempo, Portugal mudou o posicionamento dos jogadores do setor ofensivo, com Cristiano Ronaldo mais isolado na frente, João Mário pela direita, Gonçalo Guedes pela esquerda e Bernardo Silva com mais responsabilidade criativa, atuando centralizado.
A mudança surtiu efeito, com os lusos buscando a igualdade aos 10 minutos. Após escanteio curto cobrado da esquerda, Guerreiro cruzou na medida da esquerda e achou Pepe, que se agigantou no meio da zaga celeste e cabeceou firme para o fundo das redes, no primeiro gol sofrido por Muslera.
A resposta dos uruguaios veio aos 17, de novo com Cavani, que mostrou pontaria afiada. Após saída de bola do goleiro, Suárez disputou com Pepe, que cortou mal, permitindo que Betancur dominasse e servisse o camisa 21, que dominou e bateu colocado com o pé direito para vencer Rui Patrício e desempatar.
Portugal continuou batalhando e ficou perto do empate, quando Guerreiro cruzou, Muslera saiu errado, Bernardo Silva pegou a sobra e, com gol aberto, bateu por cima. O árbitro mexicano César Ramos, no entanto, flagrou falta do meia no goleiro.
Craque da partida, Cavani deixou o gramado aos 28 do segundo tempo, devido problema muscular. Adversário, Cristiano Ronaldo ajudou o uruguaio a deixar o gramado para receber atendimento. O substituto do artilheiro foi Stuani.
Empurrados pela iminente eliminação, os lusos se lançaram com tudo para o ataque, mas os companheiros de CR7 encontravam dificuldades em acioná-lo, em meio a forte marcação dos uruguaios, muito bem armados no campo de defesa.
Já nos acréscimos, Cristiano Ronaldo tentou resolver sozinho, ao receber na esquerda, partir para o meio e bater de perna direita, em conclusão que saiu sem qualquer direção. Minutos depois, ao reclamar de falta não marcada pelo árbitro de Stuani em Quaresma, o camisa 7 encarou César Ramos, que o advertiu com cartão amarelo, o segundo na Copa, que o deixaria fora de eventual jogo nas quartas.
Aos 50 minutos, na base do abafa, os portugueses quase empataram, quando a bola sobrou para Quaresma, que bateu firme, mas parou em defesa tranquila de Muslera. Nos instantes finais, até mesmo o goleiro Rui Patrício foi para a área, tentando ajudar ao ataque, mas em vão.
Ficha técnica:.
Uruguai: Muslera; Godín, Giménez e Cáceres; Nández (Sánchez), Torreira, Vecino, Betancur (Rodríguez) e Laxalt; Suárez e Cavani (Stuani). Técnico: Óscar Tabárez.
Portugal: Rui Patricio; Ricardo Pereira, Pepe, Fonte e Guerreiro; William Carvalho, Adrien Silva (Quaresma), Bernardo Silva e João Mário (Fernandes); Gonçalo Guedes (André Silva) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Árbitro: César Ramos (México), auxiliado pelos compatriotas Marvin Torrentera e Miguel Hernández.
Gols: Cavani (2) (Uruguai); e Pepe (Portugal).
Cartão amarelo: Cristiano Ronaldo (Portugal).
Estádio Olímpico Fisht, em Sochi (Rússia).
O resultado do duelo de hoje selou a eliminação dos atuais campeões europeus e de mais um dos grandes astros do torneio, o atacante Cristiano Ronaldo. O camisa 7 fez história na Rússia ao marcar gols em quatro edições do torneio, igualando-se a Pelé e aos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose. No entanto, como nas outras três que disputou, não conseguiu balançar a rede em um jogo eliminatório, a partir das oitavas de final.
O placar do duelo em Sochi foi aberto pela Celeste aos 7 do primeiro tempo, após uma bela e incomum tabela de longa distância entre os atacantes Edinson Cavani e Luis Suárez. O atacante do Paris Saint-Germain inverteu a jogada da direita para o companheiro e recebeu de volta um cruzamento da esquerda para dentro da área, onde cabeceou forte e sem chance de defesa para o goleiro Rui Patrício.
Aos 10 da etapa complementar, também com uso do jogo aéreo, Portugal chegou ao empate. O lateral-esquerdo Raphael Guerreiro cruzou da esquerda, o zagueiro Pepe subiu mais que a zaga e testou firme para o fundo da rede. Foi o primeiro gol sofrido pelos uruguaios na competição.
Depois de ver o adversário voltar melhor do intervalo, o incansável Uruguai voltou a liderar o placar aos 17, em linda finalização de Cavani com o pé direito. O goleador, no entanto, teve que deixar o campo cerca de dez minutos depois, por causa de dores musculares na panturrilha esquerda.
A classificação fez com que a Celeste, campeã em 1930 e 1950, voltasse às quartas de final após um hiato em 2014. Na edição de 2010, na África do Sul, os uruguaios passaram da fase de grupos, bateram a Coreia do Sul nas oitavas, Gana nas quartas e termiram em quarto lugar, após derrotas para Holanda (nas semifinais) e Alemanha (na decisão do terceiro posto).
Há quatro anos, no Brasil, depois da primeira fase, os comandados por Óscar Tabárez foram eliminados pela Colômbia, no Maracanã, nas oitavas.
O próximo compromisso do Uruguai será na sexta-feira, contra a França, que hoje bateu a Argentina por 4 a 3. O duelo acontecerá no Estádio Nizhny Novgorod, e o vencedor poderá ser um eventual adversário do Brasil nas semifinais, caso os pentacampeões passem pelo México e, na sequência, por Bélgica ou Japão.
Para o jogo deste sábado, o Uruguai repetiu a formação da vitória sobre a Rússia por 3 a 0, na rodada final da fase de grupos. A única alteração na equipe foi o retorno do zagueiro Giménez, que se recuperou de lesão muscular e ganhou a vaga de Coates.
Portugal, por sua vez, manteve a estrutura tática, mas apresentou novidades, como a entrada do lateral-direito Ricardo Pereira no lugar de Cédric Soares, desmontando a linha defensiva que atuou nas três primeiras partidas. Além disso, João Moutinho seguiu fora, e Bernardo Silva voltou, na vaga de Ricardo Quaresma.
Com a bola rolando, depois de um início truncado, de muito estudo, aos 7, a Celeste abriu o placar. Cavani recebeu na esquerda, quase na linha lateral, inverteu o jogo, achando Suárez, que matou no peito, ajeitou e cruzou de volta para o companheiro de ataque, que apareceu no segundo pau para testar, sem dar chance a Rui Patrício.
Os lusos tentavam chegar, sempre procurando Cristiano Ronaldo, muito marcado. Enquanto isso, os uruguaios tentavam encurralar o adversário, marcando forte a saída de bola. Aos 14, Cavani roubou bola na intermediária e acionou Suárez, que invadiu a área e bateu em cima de Fonte.
Aos 21, em jogada de paciência, com muitas trocas de passe, Suárez chamou Vecino para a tabela, recebeu na intermediária e disparou, parando em falta de Fonte. O próprio atacante do Barcelona foi para a cobrança, bateu por baixo da barreira e só parou em ótima defesa de Rui Patrício.
Aos poucos, os portugueses cresceram, ficando mais no campo ofensivo, embora não tenham conseguido levar perigo ao gol de Muslera. Enquanto isso, os uruguaios se fecharam na defesa, em busca de um erro do adversário para agredir no contra-ataque.
Já nos acréscimos, após bate e rebate, Godín pegou sobra no campo de defesa e deu um chutão, achando Cavani. O atacante se aproveitou de cochilo da zaga, ajeitou e tentou bater de sem-pulo, mas acabou finalizando mal, em bola que saiu pela linha de fundo.
Para o segundo tempo, Portugal mudou o posicionamento dos jogadores do setor ofensivo, com Cristiano Ronaldo mais isolado na frente, João Mário pela direita, Gonçalo Guedes pela esquerda e Bernardo Silva com mais responsabilidade criativa, atuando centralizado.
A mudança surtiu efeito, com os lusos buscando a igualdade aos 10 minutos. Após escanteio curto cobrado da esquerda, Guerreiro cruzou na medida da esquerda e achou Pepe, que se agigantou no meio da zaga celeste e cabeceou firme para o fundo das redes, no primeiro gol sofrido por Muslera.
A resposta dos uruguaios veio aos 17, de novo com Cavani, que mostrou pontaria afiada. Após saída de bola do goleiro, Suárez disputou com Pepe, que cortou mal, permitindo que Betancur dominasse e servisse o camisa 21, que dominou e bateu colocado com o pé direito para vencer Rui Patrício e desempatar.
Portugal continuou batalhando e ficou perto do empate, quando Guerreiro cruzou, Muslera saiu errado, Bernardo Silva pegou a sobra e, com gol aberto, bateu por cima. O árbitro mexicano César Ramos, no entanto, flagrou falta do meia no goleiro.
Craque da partida, Cavani deixou o gramado aos 28 do segundo tempo, devido problema muscular. Adversário, Cristiano Ronaldo ajudou o uruguaio a deixar o gramado para receber atendimento. O substituto do artilheiro foi Stuani.
Empurrados pela iminente eliminação, os lusos se lançaram com tudo para o ataque, mas os companheiros de CR7 encontravam dificuldades em acioná-lo, em meio a forte marcação dos uruguaios, muito bem armados no campo de defesa.
Já nos acréscimos, Cristiano Ronaldo tentou resolver sozinho, ao receber na esquerda, partir para o meio e bater de perna direita, em conclusão que saiu sem qualquer direção. Minutos depois, ao reclamar de falta não marcada pelo árbitro de Stuani em Quaresma, o camisa 7 encarou César Ramos, que o advertiu com cartão amarelo, o segundo na Copa, que o deixaria fora de eventual jogo nas quartas.
Aos 50 minutos, na base do abafa, os portugueses quase empataram, quando a bola sobrou para Quaresma, que bateu firme, mas parou em defesa tranquila de Muslera. Nos instantes finais, até mesmo o goleiro Rui Patrício foi para a área, tentando ajudar ao ataque, mas em vão.
Ficha técnica:.
Uruguai: Muslera; Godín, Giménez e Cáceres; Nández (Sánchez), Torreira, Vecino, Betancur (Rodríguez) e Laxalt; Suárez e Cavani (Stuani). Técnico: Óscar Tabárez.
Portugal: Rui Patricio; Ricardo Pereira, Pepe, Fonte e Guerreiro; William Carvalho, Adrien Silva (Quaresma), Bernardo Silva e João Mário (Fernandes); Gonçalo Guedes (André Silva) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.
Árbitro: César Ramos (México), auxiliado pelos compatriotas Marvin Torrentera e Miguel Hernández.
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Cartão amarelo: Cristiano Ronaldo (Portugal).
Estádio Olímpico Fisht, em Sochi (Rússia).
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