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Técnico do Irã critica utilização do VAR na Copa do Mundo

25/06/2018 19h16

Saransk (Rússia), 25 jun (EFE).- O técnico português Carlos Queiroz, comandante do Irã, criticou nesta segunda-feira a utilização do sistema de videoarbitragem (VAR), depois do empate com Portugal em 1 a 1, que eliminou a seleção asiática da Copa do Mundo.

"É um pouco estranho, quando se marca um pênalti. Ninguém sabe o que está acontecendo. Demora-se a parar o jogo e, depois, cinco ou seis pessoas observam a situação em câmera lenta. Como técnico, você deveria ter a chance de saber o que acontece", afirmou.

"Tenho que ser prudente, porque a Fifa está aqui", completou, brincando o treinador luso.

Queiroz atacou os critérios dos auxiliares de vídeo que ficam em uma central em Moscou, avaliando as imagens da partida, informando aos árbitros das partidas sobre os lances, e também respondendo consultas feitas do campo.

"Se param o jogo, volta a mesma história que disse ontem: não quero saber se a minha filha está pouco grávida, mas, sim, grávida. O VAR não está funcionando. Não há espaço para o erro humano. O erro humano é parte do jogo, com jogadores e técnico. Cinco ou seis pessoas, diante de um monitor, em uma sala, são como Pilatos", afirmou.

No jogo desta segunda-feira, disputado em Saransk, o sistema de vídeo revisou para o árbitro paraguaio Enrique Cáceres um choque com o lateral-direito Ramin Rezaeian, em que os iranianos cobraram expulsão por agressão. Indeciso, o dono do apito consultou o VAR e deu apenas cartão amarelo para craque.

"Não sei se não o expulsou por ser quem é, uma estrela do futebol. É uma boa pergunta. Não faz sentido ver algo e mostrar o amarelo. Ele tem que saber ao vivo, o que está acontecendo. Não falo dos árbitros, mas de um sistema que está sendo implantado. Há milhões de dólares investidos", avaliou o português.