Atletas com testosterona alta deverão reduzí-la ou competir como homens
Redação Central, 26 abr (EFE).- As atletas com uma elevada produção endógena de testosterona terão que reduzir o nível do hormônio para abaixo de 5 nanomols por litro durante um período de pelo menos seis meses para disputar provas feminina, determinou nesta quinta-feira a Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
Se isso não ocorrer, de acordo com o novo regulamento para "atletas com disfunções no desenvolvimento sexual" da IAAF, elas deverão mudar de prova ou competir entre os homens.
Até agora, o nível de tolerância era de 10 nanomols por litro. O índice foi reduzido pela metade porque, segundo estudos citados pela IAAF, uma maior proporção do hormônio aumenta a massa muscular em 4,4%, a força de 12% até 26% e a produção de hemoglobina em 7,8%.
A norma será aplicada a partir do dia 1º de novembro deste ano.
O caso mais conhecido de uma atleta com níveis de testosterona similares aos de um homem é o da sul-africana Caster Semenya. Depois de dominar os 800m no Mundial de Berlim em 2009, a IAAF proibiu a atleta de competir se não reduzisse a presença do hormônio.
As atletas que não conseguirem reduzir antes do novembro os níveis de testosterona para o limite estabelecido pela IAAF não serão vetadas, mas só poderão competir como mulheres em "outras distâncias, em qualquer prova internacional ou como homens, sem restrição de nível ou modalidade".
A regra não contempla todos os casos de hiperandrogenismo e deixa de fora mulheres que sofrem da síndrome do ovário policístico.
As atletas serão submetidas a exames aleatórios para comprovar que estão abaixo dos níveis estabelecidos. Se o exame superar o índice, elas serão afastadas das competições por seis meses.
A nova regra não questiona, esclarece a IAFF, a "identidade sexual ou de gênero das atletas com disfunções no desenvolvimento sexual, mas pretende garantir uma concorrência justa".
O tratamento sugerido para diminuir os elevados níveis de testosterona é um suplemento hormonal similar às pílulas anticoncepcionais tomadas por milhões de mulheres no mundo.
"Sob nenhuma circunstância exigiremos que as atletas se submetam a mudanças anatômicas cirúrgicas", afirmou a IAAF.
A entidade se compromete a tratar todos os casos com total confidencialidade. "Qualquer pessoa que estigmatize as atletas ou atente contra a sua dignidade e privacidade será submetido a uma sanção disciplinar", afirmou a IAAF.
Os casos, segundo a IAAF, serão tratados a partir de um ponto de vista estritamente médico, nunca como uma "caça às bruxas".
"Essa revisão das regras é para garantir que o sucesso será determinado pelo talento, pela dedicação e pelo esforço, e não por outros fatores", disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe.
Segundo a IAAF, os níveis de testosterona em uma mulher oscilam entre 0,12 e 1,79 nanomols por litro de sangue. Só um tumor ou uma disfunção no desenvolvimento sexual justificaram uma proporção superior a 5, explicou a entidade.
Se isso não ocorrer, de acordo com o novo regulamento para "atletas com disfunções no desenvolvimento sexual" da IAAF, elas deverão mudar de prova ou competir entre os homens.
Até agora, o nível de tolerância era de 10 nanomols por litro. O índice foi reduzido pela metade porque, segundo estudos citados pela IAAF, uma maior proporção do hormônio aumenta a massa muscular em 4,4%, a força de 12% até 26% e a produção de hemoglobina em 7,8%.
A norma será aplicada a partir do dia 1º de novembro deste ano.
O caso mais conhecido de uma atleta com níveis de testosterona similares aos de um homem é o da sul-africana Caster Semenya. Depois de dominar os 800m no Mundial de Berlim em 2009, a IAAF proibiu a atleta de competir se não reduzisse a presença do hormônio.
As atletas que não conseguirem reduzir antes do novembro os níveis de testosterona para o limite estabelecido pela IAAF não serão vetadas, mas só poderão competir como mulheres em "outras distâncias, em qualquer prova internacional ou como homens, sem restrição de nível ou modalidade".
A regra não contempla todos os casos de hiperandrogenismo e deixa de fora mulheres que sofrem da síndrome do ovário policístico.
As atletas serão submetidas a exames aleatórios para comprovar que estão abaixo dos níveis estabelecidos. Se o exame superar o índice, elas serão afastadas das competições por seis meses.
A nova regra não questiona, esclarece a IAFF, a "identidade sexual ou de gênero das atletas com disfunções no desenvolvimento sexual, mas pretende garantir uma concorrência justa".
O tratamento sugerido para diminuir os elevados níveis de testosterona é um suplemento hormonal similar às pílulas anticoncepcionais tomadas por milhões de mulheres no mundo.
"Sob nenhuma circunstância exigiremos que as atletas se submetam a mudanças anatômicas cirúrgicas", afirmou a IAAF.
A entidade se compromete a tratar todos os casos com total confidencialidade. "Qualquer pessoa que estigmatize as atletas ou atente contra a sua dignidade e privacidade será submetido a uma sanção disciplinar", afirmou a IAAF.
Os casos, segundo a IAAF, serão tratados a partir de um ponto de vista estritamente médico, nunca como uma "caça às bruxas".
"Essa revisão das regras é para garantir que o sucesso será determinado pelo talento, pela dedicação e pelo esforço, e não por outros fatores", disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe.
Segundo a IAAF, os níveis de testosterona em uma mulher oscilam entre 0,12 e 1,79 nanomols por litro de sangue. Só um tumor ou uma disfunção no desenvolvimento sexual justificaram uma proporção superior a 5, explicou a entidade.
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