Vasco leva goleada, mas é salvo por Martín Silva nos pênaltis e se classifica
Sucre (Bolívia), 21 fev (EFE).- O Vasco esteve muito próximo do maior revés internacional de sua história ao ser goleado pelo Jorge Wilstermann por 4 a 0 nesta quarta no Estádio Olímpico Pátria, na cidade boliviana de Sucre, mas contou com atuação inspirada do goleiro Martín Silva nos pênaltis para se classificar para a fase de grupos da Taça Libertadores.
A vaga na próxima etapa da competição internacional pareceu encaminhada na semana passada, quando o time carioca fez 4 a 0 na ida, em São Januário. Entretanto, o representante boliviano demonstrou que não se renderia e abriu 3 a 0 com pouco mais de 15 minutos, graças aos gols de Zenteno, Pedriel e Chávez, todos de cabeça.
Na etapa final, o Wilstermann continuou pressionando, marcou o quarto, novamente com cabeceio de Zenteno, e ainda criou chances para resolver durante os 90 minutos, mas as desperdiçou e foi castigado. Nas penalidades, Martín fez três defesas e colocou o Vasco na próxima fase, à qual a equipe não chegava desde 2012.
O torcedor cruz-maltino pode respirar aliviado, mas já tem motivos para se preocupar. Os comandados de Zé Ricardo entraram no grupo 5 do torneio continental, que já tinha Cruzeiro, atual campeão da Copa do Brasil, Racing e Universidad do Chile.
O Wilstermann teve duas novidades no time titular, as entradas de Pedriel e Álvarez, ambos com mais de 1m85 de altura, numa clara tentativa de explorar as jogadas aéreas. Dessa forma, Meleán voltou a atuar mais recuado, na lateral direita. Os brasileiros Alex Silva e Serginho também começaram jogando.
No Vasco, o desfalque mais uma vez foi Erazo. Expulso no jogo de volta pela fase preliminar, diante do Universidad de Concepción, o defensor equatoriano pegou duas partidas de suspensão, algo que foi informado ao clube carioca pela Conmebol apenas na manhã de terça-feira. Dessa forma, Paulão e Ricardo formaram a dupla de zaga.
O começo de jogo foi um pesadelo para o campeão da Libertadores de 1998, que com menos de 20 minutos já perdia por 3 a 0. Logo aos cinco, Serginho cobrou escanteio e, de costas para o gol, Zenteno marcou de cabeça.
Nem bem a torcida comemorou o primeiro em Sucre e a equipe mandante já marcou o segundo, aos seis. Depois de mais um cruzamento de Serginho, Pedriel escorou firme de cabeça, tirou do goleiro Martín Silva e aumentou a vantagem.
Em bonita linha de passe, aos 14, Serginho tocou, Álvarez preparou e Chavéz bateu rente à trave. Logo em seguida, aos 16, o brasileiro fez mais um bom chuveirinho, o próprio Chávez levou a melhor sobre Ricardo e marcou o terceiro.
Só após ter sofrido três gols, o Vasco conseguiu respirar e fazer sua primeira tentativa. Aos 18, Evander se aproveitou dos efeitos da altitude, arriscou de muito longe e obrigou o goleiro Giménez a trabalhar.
Foi um lance isolado, e pouco, aos 20, depois o Wilstermann já estava assustando novamente. Serginho cobrou falta, Paulão resvalou e quase marcou contra.
Principal responsável pela bola parada do time boliviano, Serginho levantou mais uma no capricho, aos 32 minutos, e encontrou Zenteno. O defensor ajeitou e Pedriel arrematou mal.
Um pouco "atordoado" e sem demonstrar o poder de fogo visto nos outros jogos pela Libertadores, o Vasco quase não criava, mas mesmo assim conseguiu uma boa finalização aos 43, com Henrique, que trocou passes com Evander e bateu rente ao poste.
O panorama não mudou na volta do intervalo, e o Wilstermann continuava com a bola acampado no campo de ataque. Quem arriscou primeiro, porém, foi o Vasco, aos seis minutos. Desábato ajeitou para a chegada de Evander, que retrocedeu e concluiu por cima.
Lucas Gaúcho substituiu Pedriel e se tornou mais um brasileiro em campo pelos donos da casa. Em sua primeira chance, aos 15, o jogador nascido em Esteio e que foi revelado pelo São Paulo escorou lançamento de Serginho e cedeu tiro de meta.
Se algum torcedor vascaíno não conhecia Serginho, provavelmente não vai esquecê-lo tão cedo. Aos 25 minutos, o camisa dez do time boliviano bateu falta da direita, Zenteno se infiltrou entre os marcadores e, mais uma vez de cabeça, assinalou o quarto, deixando a eliminatória empatada.
Os vascaínos reclamaram bastante do árbitro Wilmar Roldán aos 34, em falta sofrida por Rildo. O time carioca considerou que houve pênalti, mas o colombiano considerou que a infração foi fora da área. Pikachu bateu muito mal.
Quem imaginou que o Wilstermann se daria por satisfeito por buscar o placar que levaria a decisão da vaga na fase de grupos nos pênaltis se enganou. O sufoco para cima de um Vasco visivelmente cansado só aumentava. Aos 37, Meleán encheu o pé e Martin Silva espalmou. Pouco depois, Álvarez também chutou e cedeu tiro de meta.
Para piorar, o Vasco ficou com um homem a menos na sequência, aos 38 minutos. Provocado por Serginho, Thiago Galhardo, que entrara no decorrer do duelo, acertou uma bolada no compatriota e recebeu cartão vermelho.
Seguro na defesa, Alex Silva poderia ter marcado o gol da classificação do time anfitrião, aos 41. Serginho cobrou escanteio, a bola explodiu no corpo de Álvarez e ficou limpa para o 'Pirulito', que de dentro da pequena área encheu o pé por cima do travessão.
Na disputa de pênaltis, Desábato acertou a trave e Rildo parou no goleiro Giménez, mas o grande nome foi Martín Silva, que defendeu os chutes de Lucas Gaúcho e Meleán, no canto direito, e de Alex Silva, do outro lado.
Ficha técnica:.
Jorge Wilstermann: Giménez; Meleán, Alex Silva, Zenteno e Aponte; Saucedo (Ortiz), Machado, Pedriel (Lucas Gaúcho) e Chávez (Melgar); Serginho e Álvarez. Técnico: Álvaro Peña.
Vasco: Martín Silva; Yago Pikachu, Paulão, Ricardo e Henrique; Desábato e Wellington; Evander (Thiago Galhardo), Wagner (Rildo) e Paulinho (Riascos); Ríos. Técnico: Zé Ricardo.
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzmán e Cristian da Cruz.
Cartões amarelos: Alex Silva e Lucas Gaúcho (Jorge Wilstermann); Martín Silva, Henrique e Ricardo (Vasco).
Cartão vermelho: Thiago Galhardo (Vasco).
Gols: Zenteno (2x), Pedriel e Chávez (Jorge Wilstermann).
Nos pênaltis: Melgar e Ortiz acertaram - Lucas Gaúcho, Meleán e Alex Silva erraram (Jorge Wilstermann); Ríos, Yago Pikachu e Wellington acertaram - Desábato e Rildo erraram (Vasco).
Estádio Olímpico Patria, em Sucre (Bolívia).
A vaga na próxima etapa da competição internacional pareceu encaminhada na semana passada, quando o time carioca fez 4 a 0 na ida, em São Januário. Entretanto, o representante boliviano demonstrou que não se renderia e abriu 3 a 0 com pouco mais de 15 minutos, graças aos gols de Zenteno, Pedriel e Chávez, todos de cabeça.
Na etapa final, o Wilstermann continuou pressionando, marcou o quarto, novamente com cabeceio de Zenteno, e ainda criou chances para resolver durante os 90 minutos, mas as desperdiçou e foi castigado. Nas penalidades, Martín fez três defesas e colocou o Vasco na próxima fase, à qual a equipe não chegava desde 2012.
O torcedor cruz-maltino pode respirar aliviado, mas já tem motivos para se preocupar. Os comandados de Zé Ricardo entraram no grupo 5 do torneio continental, que já tinha Cruzeiro, atual campeão da Copa do Brasil, Racing e Universidad do Chile.
O Wilstermann teve duas novidades no time titular, as entradas de Pedriel e Álvarez, ambos com mais de 1m85 de altura, numa clara tentativa de explorar as jogadas aéreas. Dessa forma, Meleán voltou a atuar mais recuado, na lateral direita. Os brasileiros Alex Silva e Serginho também começaram jogando.
No Vasco, o desfalque mais uma vez foi Erazo. Expulso no jogo de volta pela fase preliminar, diante do Universidad de Concepción, o defensor equatoriano pegou duas partidas de suspensão, algo que foi informado ao clube carioca pela Conmebol apenas na manhã de terça-feira. Dessa forma, Paulão e Ricardo formaram a dupla de zaga.
O começo de jogo foi um pesadelo para o campeão da Libertadores de 1998, que com menos de 20 minutos já perdia por 3 a 0. Logo aos cinco, Serginho cobrou escanteio e, de costas para o gol, Zenteno marcou de cabeça.
Nem bem a torcida comemorou o primeiro em Sucre e a equipe mandante já marcou o segundo, aos seis. Depois de mais um cruzamento de Serginho, Pedriel escorou firme de cabeça, tirou do goleiro Martín Silva e aumentou a vantagem.
Em bonita linha de passe, aos 14, Serginho tocou, Álvarez preparou e Chavéz bateu rente à trave. Logo em seguida, aos 16, o brasileiro fez mais um bom chuveirinho, o próprio Chávez levou a melhor sobre Ricardo e marcou o terceiro.
Só após ter sofrido três gols, o Vasco conseguiu respirar e fazer sua primeira tentativa. Aos 18, Evander se aproveitou dos efeitos da altitude, arriscou de muito longe e obrigou o goleiro Giménez a trabalhar.
Foi um lance isolado, e pouco, aos 20, depois o Wilstermann já estava assustando novamente. Serginho cobrou falta, Paulão resvalou e quase marcou contra.
Principal responsável pela bola parada do time boliviano, Serginho levantou mais uma no capricho, aos 32 minutos, e encontrou Zenteno. O defensor ajeitou e Pedriel arrematou mal.
Um pouco "atordoado" e sem demonstrar o poder de fogo visto nos outros jogos pela Libertadores, o Vasco quase não criava, mas mesmo assim conseguiu uma boa finalização aos 43, com Henrique, que trocou passes com Evander e bateu rente ao poste.
O panorama não mudou na volta do intervalo, e o Wilstermann continuava com a bola acampado no campo de ataque. Quem arriscou primeiro, porém, foi o Vasco, aos seis minutos. Desábato ajeitou para a chegada de Evander, que retrocedeu e concluiu por cima.
Lucas Gaúcho substituiu Pedriel e se tornou mais um brasileiro em campo pelos donos da casa. Em sua primeira chance, aos 15, o jogador nascido em Esteio e que foi revelado pelo São Paulo escorou lançamento de Serginho e cedeu tiro de meta.
Se algum torcedor vascaíno não conhecia Serginho, provavelmente não vai esquecê-lo tão cedo. Aos 25 minutos, o camisa dez do time boliviano bateu falta da direita, Zenteno se infiltrou entre os marcadores e, mais uma vez de cabeça, assinalou o quarto, deixando a eliminatória empatada.
Os vascaínos reclamaram bastante do árbitro Wilmar Roldán aos 34, em falta sofrida por Rildo. O time carioca considerou que houve pênalti, mas o colombiano considerou que a infração foi fora da área. Pikachu bateu muito mal.
Quem imaginou que o Wilstermann se daria por satisfeito por buscar o placar que levaria a decisão da vaga na fase de grupos nos pênaltis se enganou. O sufoco para cima de um Vasco visivelmente cansado só aumentava. Aos 37, Meleán encheu o pé e Martin Silva espalmou. Pouco depois, Álvarez também chutou e cedeu tiro de meta.
Para piorar, o Vasco ficou com um homem a menos na sequência, aos 38 minutos. Provocado por Serginho, Thiago Galhardo, que entrara no decorrer do duelo, acertou uma bolada no compatriota e recebeu cartão vermelho.
Seguro na defesa, Alex Silva poderia ter marcado o gol da classificação do time anfitrião, aos 41. Serginho cobrou escanteio, a bola explodiu no corpo de Álvarez e ficou limpa para o 'Pirulito', que de dentro da pequena área encheu o pé por cima do travessão.
Na disputa de pênaltis, Desábato acertou a trave e Rildo parou no goleiro Giménez, mas o grande nome foi Martín Silva, que defendeu os chutes de Lucas Gaúcho e Meleán, no canto direito, e de Alex Silva, do outro lado.
Ficha técnica:.
Jorge Wilstermann: Giménez; Meleán, Alex Silva, Zenteno e Aponte; Saucedo (Ortiz), Machado, Pedriel (Lucas Gaúcho) e Chávez (Melgar); Serginho e Álvarez. Técnico: Álvaro Peña.
Vasco: Martín Silva; Yago Pikachu, Paulão, Ricardo e Henrique; Desábato e Wellington; Evander (Thiago Galhardo), Wagner (Rildo) e Paulinho (Riascos); Ríos. Técnico: Zé Ricardo.
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia), auxiliado pelos compatriotas Alexander Guzmán e Cristian da Cruz.
Cartões amarelos: Alex Silva e Lucas Gaúcho (Jorge Wilstermann); Martín Silva, Henrique e Ricardo (Vasco).
Cartão vermelho: Thiago Galhardo (Vasco).
Gols: Zenteno (2x), Pedriel e Chávez (Jorge Wilstermann).
Nos pênaltis: Melgar e Ortiz acertaram - Lucas Gaúcho, Meleán e Alex Silva erraram (Jorge Wilstermann); Ríos, Yago Pikachu e Wellington acertaram - Desábato e Rildo erraram (Vasco).
Estádio Olímpico Patria, em Sucre (Bolívia).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.