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México vai para o intervalo perdendo, mas bate Nova Zelândia de virada

21/06/2017 17h14

Sochi (Rússia), 21 jun (EFE).- Em uma partida eletrizante e de muitos erros dos dois lados, a Nova Zelândia quebrou um jejum de quatro partidas sem marcar um gol sequer pela Copa das Confederações e foi para o intervalo vencendo, mas o México arrancou a virada no segundo tempo e venceu a partida disputada nesta quarta-feira no Estádio Olímpico Fisht, em Sochi, por 2 a 1.

O triunfo agônico levou a representante da Concacaf à liderança do grupo A da competição, com quatro pontos. O time dirigido por Juan Carlos Osorio, que na primeira rodada empatou com Portugal em 2 a 2, supera o atual campeão europeu no número de gols marcados.

A Nova Zelândia, por sua vez, ainda não pontuou e é a primeira eliminada da competição. A terceira posição da chave é da anfitriã Rússia, que também hoje perdeu para a seleção lusitana por 1 a 0.

Na última rodada, marcada para o próximo sábado, os portugueses jogarão por um empate diante dos neozelandeses, enquanto russos e mexicanos farão confronto direto em que a igualdade classificará a equipe da América do Norte.

Fiel à sua filosofia, Osorio, ex-técnico do São Paulo, realizou oito mudanças na equipe titular em relação à estreia. Jogadores consagrados, entre eles o atacante Chicharito Hernández, foram para o banco de reservas.

O jogo foi aberto durante os 90 minutos, com as duas seleções buscando o ataque e muitos erros defensivos. As melhores chances do primeiro tempo foram da Nova Zelândia, que esteve perto de abrir o placar aos 26 minutos. Salcedo ficou caído dentro da área de defesa, Wood recebeu livre na meia-lua e buscou o canto esquerdo, mas Tavalera, que ganhou a vaga do badalado Ochoa, fez grande defesa.

O campeão da Oceania continuou criando e fez 1 a 0 aos 41 minutos. Araujo errou ao tentar afastar o perigo, Lewis fez o passe de primeira, Wood tocou na saída do arqueiro mexicano e balançou a rede. Foi o primeiro gol da Nova Zelândia no torneio desde a derrota para a Colômbia por 3 a 1 em 2003, na França.

A segunda etapa foi ainda mais movimentada e mais emocionante. Logo aos quatro minutos, o goleiro neozelandês Marinovic parou chute cruzado de Aquino, e Talavera conseguiu defender quando Wood tentou driblá-lo, três minutos depois.

Até que, aos nove, Aquino deixou Ingham para trás com um drible entre as pernas, progrediu pela ponta esquerda e acionou Fabián, que passou para Jiménez. O atacante do Benfica girou e bateu no canto para deixar tudo igual.

A virada do representante da Concacaf, ocorrida aos 27 minutos, nasceu de mais uma boa jogada de Aquino pelo lado esquerdo. O meia-atacante foi ao fundo e rolou para Peralta finalizar e fazer 2 a 1 para a 'Tri'.

A parte final da partida teve de quase tudo. Aos 39 minutos, Thomas acertou o travessão e quase empatou. Na sequência, aos 43, Jiménez ia assinalando o terceiro, mas Smith cortou em cima da linha.

Nos acréscimos, houve confusão, com direito a agressões. Embora tenha pedido o auxílio do VAR, o árbitro de Gâmbia Garary Gassama só mostrou cartão amarelo. Marinovic ainda foi para a área para tentar ajudar a Nova Zelândia a igualar novamente, mas os mexicanos resistiram.



Ficha técnica:.

México: Talavera; Salcedo (Moreno) (Rafa Márquez), Araujo e Alanis (Herrera); Diego Reyes, Fabián, Damm e Giovani dos Santos; Aquino, Peralta e Jiménez. Técnico: Juan Carlos Osorio.

Nova Zelândia: Marinovic; Ingham (Patterson), Boxall, Durante, Smith e Wynne; Lewis (Tuiloma), McGlinchey e Thomas; Rojas (Barbarouses) e Wood Técnico: Anthony Hudson.

Árbitro: Garary Gassama (Gâmbia), auxiliado por Jean Claude Birumushahu (Burundi) e Marwa Range (Quênia).

Cartões amarelos: Diego Reyes (México); Thomas e Boxwall (Nova Zelândia).

Gols: Jiménez e Peralta (México); Wood (Nova Zelândia).

Estádio Olímpico Fisht, em Sochi.