Topo

Governo da Argentina aceita rescindir contrato de transmissão na TV aberta

Programa"Futebol Para Todos" será rescindido; transmissão gratuita deve durar até 2019 - Victor R. Caivano/AP
Programa"Futebol Para Todos" será rescindido; transmissão gratuita deve durar até 2019 Imagem: Victor R. Caivano/AP

20/07/2016 18h44

Buenos Aires, 20 jul (EFE).- O Governo da Argentina informou nesta quarta-feira (20) que aceitará rescindir o contrato com a Associação do Futebol Argentino (AFA) referente ao "Futebol para Todos", programa que regulamentava a transmissão em TV aberta das partidas das duas principais divisões nacionais. 

"O governo aceitará rescindir o contrato do programa Futebol para Todos com a AFA, mas lutará para que o povo siga vendo as partidas em televisão aberta até 2019", afirmou o secretário-geral da Presidência, Fernando de Andreis.

"Aceitamos o pedido de quase 95% dos clubes da primeira divisão e vários da segunda. Obviamente, abrindo uma instância de diálogo que pedem para avaliar os tempos e a forma", acrescentou Fernando de Andreis, que voltou a destacar que até 2019 a população argentina poderá assistir às partidas sem custo adicional.

Os dirigentes dos clubes argentinos tinham pedido o fim do programa governamental Futebol para Todos, que desde 2009 promove a transmissão gratuita das partidas do Campeonato Argentino e da seleção do país. O objetivo das agremiações é poder negociar um contrato maior com as emissoras privadas.

O governo ofereceu aos clubes cerca de 2,5 bilhões de pesos (US$ 164 milhões) pelos direitos de transmissão da nova temporada do Campeonato Argentino, mas os dirigentes rejeitaram os valores por considerá-los baixos.

O programa Futebol para Todos, estabelecido durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015), é desde 2014 alvo de uma investigação por supostas irregularidades na gestão de dinheiros públicos. O caso está nas mãos da juíza federal María Servini.

Por isso, foram acusados em junho, entre outros, Aníbal Fernández, Jorge Capitanich e Juan Manuel Abal Medina, ex-chefes de Gabinete durante o governo de Cristina, e o ex-presidente da AFA, Luis Segura.

A Fifa criou um comitê de regularização para gerir a Afa, que tem como objetivo normalizar a situação do órgão, nomear um novo treinador para a seleção nacional e organizar eleições.