Ex-técnico mexicano pede adeus de Osorio por 7 a 0 "vergonhoso e ridículo"

A goleada de 7 a 0 sofrida para o Chile nas quartas de final da Copa América Centenário despertou muitas críticas ao técnico do México, Juan Carlos Osorio. O mexicano Hugo Sánchez, que já foi demitido do posto depois de não conseguir classificar a seleção para os Jogos Olímpicos, disse à "ESPN" que os dirigentes têm mais paciência com os técnicos estrangeiros.

"Certamente eles teriam me despedido. Com o mexicano, a paciência é menor do que com alguém que vem de fora. É vergonhoso, é um ridículo tão grande que é histórico", disse o técnico sobre Osorio, que é colombiano .

Já o argentino Ricardo La Volpe, técnico da seleção mexicana entre 2003 e 2006, e que estabeleceu a sequência de 22 jogos sem derrota que foi igualada agora pelo colombiano no banco, considerou que Osorio tinha que ter apresentado sua demissão. "Se eles aceitam ou não, é outra história", afirmou.

Dirigentes da Federação Mexicana de Futebol se reunirão na quarta-feira com o técnico para decidir sua sequência como técnico da seleção.

A derrota para o Chile, pelas quartas de final da Copa América, deixou o México fora de um torneio em que chegou com a expectativa de estar na decisão, após uma longa invencibilidade. Apenas sob o comando de Osorio, foram 11 jogos sem perder.

Depois da goleada, Osorio assumiu a responsabilidade pelo o resultado, que chamou de "uma vergonha", e pediu desculpas à torcida, da mesma forma que fizeram grande parte dos jogadores.

O diretor de seleções Santiafo Baños, que defende a manutenção de Osorio no cargo, explicou em entrevista, antes de tomar qualquer decisão, é preciso saber como se propôs a partida, por que a abordagem não funcionou, se os jogadores adequados foram escolhidos e se eles deram o melhor de si.

Osorio deixou o São Paulo para assumir o comando do México em novembro de 2014, no início da terceira fase das Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O México está invicto e sem levar gols, tendo vencido Honduras, El Salvador e duas vezes o Canadá.