Xeque e suíço são os favoritos nas eleições presidenciais da Fifa
Óscar González.
Zurique (Suíça), 25 fev (EFE).- O xeque bahrenita Salman bin Ebrahim al-Khalifa e o suíço Gianni Infantino são os dois grandes favoritos nas eleições desta sexta-feira, que definirão o novo presidente da Fifa, sucessor do também suíço Joseph Blatter, que ficou 17 anos exercendo a função.
O pleito, que acontecerá na cidade de Zurique, após a realização do Congresso Extraordinário convocado pelo antigo mandatário, pode ser decidida pelo foto das confederações africanas, mas também pelas possíveis "traições" de última hora.
Esta será a primeira vez na história que cinco candidatos concorrerão à presidência da Fifa. Além de Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática, e Infantino, secretário-geral da Uefa, os outros concorrentes são o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, o francês Jérome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.
Os cinco passaram do seletivo teste de integridade que foi conduzido pela Comissão de Ética, e tiveram os nomes referendados em 9 de novembro do ano passado. O liberiano Musa Bility e o francês Michel Platini, por exemplo, ficaram fora da corrida.
A renovação na presidência da Fifa acontecerá por causa do escândalo de corrupção que explodiu dias antes das eleições regulares de maio do ano passado, que elegeu Blatter para um quinto mandato. Já em Zurique, às vésperas do Congresso da entidade, 16 dirigentes do alto escalação foram presos.
A pressão sobre o suíço, que também é investigado pelas justiças dos Estados Unidos e Suíça, o fez anunciar, três dias após ser eleito, que deixaria a entidade após a realização de um Congresso Extraordinário, que definiria um novo presidente. Antes disso, no entanto, acabou suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa, fazendo com que o camaronês Issa Hayatou ficasse à frente da organização.
O xeque Al-Khalifa, membro da família real do Bahrein, na reta final da corrida presidencial, despontou como grande favorito, condição que era ostentada por Infantino, a partir dos apoios anunciados. O sistema eleitoral, no entanto, abre brechas para surpresas.
Nesta sexta-feiar, 209 representantes das federações nacionais filiadas à Fifa, irão às urnas. O peso do voto de cada entidade é o mesmo, e aí reside o fator-surpresa, já que Europa e América do Sul, juntas, não representam mais que 30% do eleitorado.
Uefa e Conmebol contam 63 votos de 209, por isso, Gianni Infantino, que é apoiado pelas duas confederações, terá que conseguir mais votos em outras entidades, que estão recomendando voto em bloco para os filiados.
A escolha, no entanto, é secreta, o que pode permitir mudanças de última hora, mesmo com a orientação pelo apoio em determinado em cada candidato, pois não existe qualquer obrigação a atender esta indicação.
O príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein foi um dos que questionou o sistema, e garantiu que há possibilidade de que representantes de federação tenham que tirar fotos da cédula de votação, para comprovar apoio a determinado candidato.
Por causa disso, o concorrente à presidência pediu a Corte Arbitral do Esporte que suspendesse as eleições, enquanto a entidade divulgou que foram solicitadas "medidas cautelares", em recurso impetrado pelo candidato, que não obteve sucesso no pedido.
Nas contas atuais, o Al-Khalifa conta com os 46 votos da Ásia, e pressupõe que também com os 54 da África. Caso tenha esses 100 apoios, o xeque precisará de 11 votos da Oceania para ficar a cinco de vencer as eleições.
A "rigidez" do voto do continente africano, no entanto, não está garantida, já que Infantino tenta conseguir tirar alguns apoios de Al-Khalifa. O suíço teria recebido promessa de metade dos votos dos filiados à confederação, por parte de um dirigente.
Al-Hussein seria o terceiro nome da disputa, despontando como a única possível surpresa no pleito. O dirigente foi o único concorrente de Blatter em março do ano passado, obtendo 73 votos, contra 133 do suíço.
Além disso, Moussa Bility, promete estar na disputa, incluído como "não-candidato", garantindo que 26 federações da África irão votar nele. O liberiano entrou com recurso no CAS, e pode atrapalhar os planos dos favoritos.
Considerado candidato independente, Jérome Champagne se diz o único em condições de romper com passado da entidade. Já Tokyo Sexwale não conta, sequer, com o apoio da federação sul-africana. Os dois sequer entram nos prognósticos de um possível segundo turno.
Confira como funciona o sistema eleitoral da Fifa:.
Os 209 votos são divididos da seguinte forma: Confederação Africana (54), Uefa (53), Confederação Asiática (46), Concacaf (35), Oceania (11) e Conmebol (10).
O voto é individual e secreto.
Para escolher o presidente da Fifa, serão necessários dois terços dos votos das associações-membro presentes e com direito a voto. Após cada votação, quem obtiver o menor número de votos, continuando até que não haja mais que dois candidatos. Na última votação, bastará a maioria simples.
Imediatamente após última votação, o vencedor deverá manifestar se aceita o resultado da eleição. Em caso afirmativo, seu mandato começará assim que terminar a conclusão do Congresso Extraordinário. EFE
og/bg
Zurique (Suíça), 25 fev (EFE).- O xeque bahrenita Salman bin Ebrahim al-Khalifa e o suíço Gianni Infantino são os dois grandes favoritos nas eleições desta sexta-feira, que definirão o novo presidente da Fifa, sucessor do também suíço Joseph Blatter, que ficou 17 anos exercendo a função.
O pleito, que acontecerá na cidade de Zurique, após a realização do Congresso Extraordinário convocado pelo antigo mandatário, pode ser decidida pelo foto das confederações africanas, mas também pelas possíveis "traições" de última hora.
Esta será a primeira vez na história que cinco candidatos concorrerão à presidência da Fifa. Além de Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática, e Infantino, secretário-geral da Uefa, os outros concorrentes são o príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein, o francês Jérome Champagne e o sul-africano Tokyo Sexwale.
Os cinco passaram do seletivo teste de integridade que foi conduzido pela Comissão de Ética, e tiveram os nomes referendados em 9 de novembro do ano passado. O liberiano Musa Bility e o francês Michel Platini, por exemplo, ficaram fora da corrida.
A renovação na presidência da Fifa acontecerá por causa do escândalo de corrupção que explodiu dias antes das eleições regulares de maio do ano passado, que elegeu Blatter para um quinto mandato. Já em Zurique, às vésperas do Congresso da entidade, 16 dirigentes do alto escalação foram presos.
A pressão sobre o suíço, que também é investigado pelas justiças dos Estados Unidos e Suíça, o fez anunciar, três dias após ser eleito, que deixaria a entidade após a realização de um Congresso Extraordinário, que definiria um novo presidente. Antes disso, no entanto, acabou suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa, fazendo com que o camaronês Issa Hayatou ficasse à frente da organização.
O xeque Al-Khalifa, membro da família real do Bahrein, na reta final da corrida presidencial, despontou como grande favorito, condição que era ostentada por Infantino, a partir dos apoios anunciados. O sistema eleitoral, no entanto, abre brechas para surpresas.
Nesta sexta-feiar, 209 representantes das federações nacionais filiadas à Fifa, irão às urnas. O peso do voto de cada entidade é o mesmo, e aí reside o fator-surpresa, já que Europa e América do Sul, juntas, não representam mais que 30% do eleitorado.
Uefa e Conmebol contam 63 votos de 209, por isso, Gianni Infantino, que é apoiado pelas duas confederações, terá que conseguir mais votos em outras entidades, que estão recomendando voto em bloco para os filiados.
A escolha, no entanto, é secreta, o que pode permitir mudanças de última hora, mesmo com a orientação pelo apoio em determinado em cada candidato, pois não existe qualquer obrigação a atender esta indicação.
O príncipe jordaniano Ali Bin al-Hussein foi um dos que questionou o sistema, e garantiu que há possibilidade de que representantes de federação tenham que tirar fotos da cédula de votação, para comprovar apoio a determinado candidato.
Por causa disso, o concorrente à presidência pediu a Corte Arbitral do Esporte que suspendesse as eleições, enquanto a entidade divulgou que foram solicitadas "medidas cautelares", em recurso impetrado pelo candidato, que não obteve sucesso no pedido.
Nas contas atuais, o Al-Khalifa conta com os 46 votos da Ásia, e pressupõe que também com os 54 da África. Caso tenha esses 100 apoios, o xeque precisará de 11 votos da Oceania para ficar a cinco de vencer as eleições.
A "rigidez" do voto do continente africano, no entanto, não está garantida, já que Infantino tenta conseguir tirar alguns apoios de Al-Khalifa. O suíço teria recebido promessa de metade dos votos dos filiados à confederação, por parte de um dirigente.
Al-Hussein seria o terceiro nome da disputa, despontando como a única possível surpresa no pleito. O dirigente foi o único concorrente de Blatter em março do ano passado, obtendo 73 votos, contra 133 do suíço.
Além disso, Moussa Bility, promete estar na disputa, incluído como "não-candidato", garantindo que 26 federações da África irão votar nele. O liberiano entrou com recurso no CAS, e pode atrapalhar os planos dos favoritos.
Considerado candidato independente, Jérome Champagne se diz o único em condições de romper com passado da entidade. Já Tokyo Sexwale não conta, sequer, com o apoio da federação sul-africana. Os dois sequer entram nos prognósticos de um possível segundo turno.
Confira como funciona o sistema eleitoral da Fifa:.
Os 209 votos são divididos da seguinte forma: Confederação Africana (54), Uefa (53), Confederação Asiática (46), Concacaf (35), Oceania (11) e Conmebol (10).
O voto é individual e secreto.
Para escolher o presidente da Fifa, serão necessários dois terços dos votos das associações-membro presentes e com direito a voto. Após cada votação, quem obtiver o menor número de votos, continuando até que não haja mais que dois candidatos. Na última votação, bastará a maioria simples.
Imediatamente após última votação, o vencedor deverá manifestar se aceita o resultado da eleição. Em caso afirmativo, seu mandato começará assim que terminar a conclusão do Congresso Extraordinário. EFE
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