Brasileiro Johnny Walker revela que defenderá a Tailândia no UFC Fortaleza
Johnny Walker é uma das principais promessas da nova geração do MMA brasileiro. Mas, apesar de ser natural de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, o meio-pesado (93 kg) construiu a maior parte de sua carreira fora de seu país natal. Agora alojado na Tailândia - onde se prepara para seu próximo confronto no UFC -, o atleta revelou com exclusividade à Ag Fight que defenderá as cores da nação asiática no card do Ultimate em Fortaleza.
Não será a primeira vez que o brasileiro defenderá as cores de outro país no octógono. Em sua estreia no UFC - quando nocauteou Khalil Rountree, em novembro - Walker representou o Reino Unido. Isso porque foi na Inglaterra que o lutador aperfeiçoou suas habilidades no MMA, em diversas academias diferentes.
"Agora eu fiz o meu camp na Tailândia e eu vou representar a bandeira da Tailândia, porque aqui que eu melhorei o meu muay thai, dei uma afiada. Comida barata, as pessoas são educadas.... Eu deixo a chave na moto quando vou treinar, ou na farmácia ou no shopping, qualquer lugar. Eu volto, a moto ainda está lá com a chave. Então, é um lugar maravilhoso. Vou ter o prazer de representar a Tailândia na minha próxima luta", revelou o meio-pesado, antes de admitir o motivo que o levou para o país.
"O objetivo de treinar na Tailândia foi simplesmente dar uma relaxada, curtir uma praia... Claro, melhorar o muay thai, mas não só o muay thai. Aqui eu treino jiu-jitsu, wrestling, MMA... E é um lugar maravilhoso também", completou o brasileiro.
O debute do brasileiro no Ultimate não poderia ter sido melhor. A performance empolgante que culminou em um nocaute por cotovelada rendeu a Walker o bônus de 50 mil dólares (R$ 188 mil, no câmbio atual). Com o prêmio, o meio-pesado narrou que sua situação financeira se estabilizou. No entanto, apesar de agora fazer parte do plantel da maior liga de MMA do mundo, Johnny destacou que o tratamento recebido onde ele treina não mudou.
"Agora as coisas ficaram um pouco mais tranquilas, estou investindo na minha carreira. Vim para a Tailândia, trouxe o meu irmão para me ajudar como coach, agora deu para investir um pouquinho mais, com certeza vou fazer uma performance melhor do que da última vez", garantiu o carioca, antes de falar sobre seu dia a dia após chegar ao UFC.
"Tratamento é sempre o mesmo, as pessoas às vezes te recebem um pouco melhor, mas não tem massagem, não. É porrada sempre onde eu chego, e tem que tampar na porrada mesmo. É guerra, sair da zona de conforto o tempo todo", destacou o meio-pesado em conversa com a Ag. Fight.
Johnny enfrenta Justin Ledet no próximo dia 2 de fevereiro, no Centro de Formação Olímpica do Nordeste, em Fortaleza. Confiante em um triunfo, o brasileiro afirmou que não pretende deixar o combate transcorrer os três rounds previstos para a luta. O meio-pesado, inclusive, já sonha alto e mira os principais nomes da categoria até 93 kg.
"Eu acho que vou finalizar ou nocautear, porque esse é meu estilo de luta. Não deixar nas mãos dos juízes. Eu vi algumas lutas dele, mas eu não me preparo para o meu próximo adversário. Eu me preparo para lutar com os 'top 3', 'top 5'... Me preparo para lutar contra o campeão (Jon Jones), porque está segurando meu cinturão lá. Então não vai ser grande problema o Ledet. Não querendo desfazer do cara, mas é só mais um que entrou no meu caminho", opinou Walker.
Portanto, não se assuste quando Johnny adentrar a arena de Fortaleza com as cores de outro país. Afinal de contas, apesar de brasileiro, o lutador se mostra cada vez mais um verdadeiro 'cidadão do mundo'.
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