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Lutadora vítima de agressão doméstica celebra volta por cima: "Vencedora"

divulgação/UFC
Imagem: divulgação/UFC

Ag. Fight

17/01/2019 10h00

Rachael Ostovich terá pela frente neste sábado (19) um grande desafio dentro do octógono: Paige VanZant. No entanto, o maior obstáculo superado recentemente pela lutadora não teve relação nenhuma com o esporte. Vítima de agressão doméstica em novembro de 2018, a americana revelou que já se sente já vitoriosa só por estar apta a lutar no UFC Brookyn.

A atleta foi vítima de seu marido e também lutador de MMA, Arnold Berdon. Rachael sofreu uma fratura do osso orbital, estrutura que circunda os olhos. O incidente foi dias após a americana ter sua luta contra Paige confirmada. E durante entrevista ao site MMA Junkie nesta quarta-feira (16), a peso mosca (57 kg) afirmou que nunca pensou em abandonar o combate pelo que aconteceu em sua vida pessoal.

"Eu quero a vitória. Eu preciso conseguir a vitória. Eu sinto que é a minha única opção neste momento, e é a única coisa que venho imaginando, e quero manifestar isso. Honestamente, eu já sinto que ganhei. Apenas estando aqui, me sinto vencedora. Essa alegria, eu levo comigo lá dentro. Estou muito empolgada", admitiu Ostovich, antes de comentar sua vontade de permanecer no card de Brooklyn.

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"Não teve nenhum momento (que eu recusei permanecer na luta). Lembro de estar no hospital, de cama e tipo: 'Preciso lutar, essa é a minha luta'. Sabia que era algo que precisava fazer. Fiquei devastada quando fui retirada do combate. Claro que meu pai, empresário, tomaram a decisão correta na ocasião. Prezaram pela minha saúde, e eu entendo", completou a lutadora do UFC.

No quesito desportivo, Rachael projetou uma luta bastante movimentada contra VanZant - a qual elogiou de forma respeitosa. No entanto, o foco da peso mosca ao adentrar o octógono neste sábado vai muito além de sair com a mão erguida, é sobre inspirar pessoas ao redor do mundo com sua história.

"Eu tinha todos os motivos para desistir e não estar aqui hoje, mas achei que era importante para mim, lutar justamente por isso. Sinto que não é apenas um desafio para mim - a luta, em geral, é um dos esportes mais difíceis, não só fisicamente, mas mentalmente principalmente. Então, adicione todas essas coisas extras que aconteceram comigo, é bem desgastante. Estou realmente me redescobrindo como pessoa. Esperançosamente, espero que as pessoas possam se motivar e se inspirar com a minha vida", concluiu a americana.

O card do dia 19 marcará o início da parceria do Ultimate com a ESPN nas transmissões do show. A luta principal da noite envolverá dois campeões da organização: T.J. Dillashaw e Henry Cejudo. Os dois medem forças em duelo que vale o cinturão dos pesos-moscas do UFC.