Faixa preta entregue para Bolsonaro gera ruptura entre Gracies
Como em tantos grupos familiares nestas últimas eleições, as desavenças entre apoiadores e opositores do agora presidente eleito Jair Bolsonaro dentro do clã Gracie causaram uma dissidência. Neste caso, porém, a cisão atinge a Federação do Estado do Rio de Janeiro de Jiu-Jitsu. Isso porque Robson Gracie, presidente da entidade, decidiu conceder uma faixa preta simbólica ao então candidato, o que revoltou Reyson, seu irmão mais novo e vice-presidente do órgão
Em um comentário com sua conta na rede social Facebook, Reyson rebateu a iniciativa, cobrando de Robson sua renúncia da federação, pelo que seria "um desserviço ao jiu-jitsu" e "um desrespeito à memória dos Mestres Carlos e Hélio Gracie", considerados os criadores do jiu-jitsu brasileiro.
"Estou aqui para manifestar o meu protesto e indignação a respeito dessa homenagem que meu irmão, Robson Gracie, presidente da Federação, prestou ao candidato Bolsonaro, concedendo a ele a graduação de faixa-preta", escreveu.
Reyson declarou não ter sido consultado em relação à proposta, que classificou de "eleitoreira". O vice-presidente da Federação declarou que a instituição "jamais poderia prestar uma homenagem a um político que tem como ídolo um torturador, assassino e ocultador de cadáveres como esse 'senhor' coronel Brilhante Ustra".
"Infelizmente, o professor Robson Gracie não mais à altura de presidir a Federação ou qualquer outro órgão que seja ligado ao jiu-jitsu. Sendo assim, e com todo o respeito, eu sugiro que ele renuncie o quanto antes. Do contrário, ele fica e eu saio. Sem problema, sem confusão e sem qualquer ressentimento", publicou.
Esta não foi a primeira polêmica relacionada à política dentro da família Gracie durante o período de eleições deste ano. Há algumas semanas, um áudio atribuído a Renzo Gracie, lutador da liga asiática ONE e filho de Robson, continha críticas ao PT e a um outro membro do clã, possivelmente Carlos Neto, justamente filho de Reyson.
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