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Donald Cerrone acusa ex-treinador de 'traição' e pode mudar de equipe; entenda

Ag. Fight

30/08/2018 12h56

Na última quarta-feira (29), o lutador do UFC Donald Cerrone acusou o seu ex-treinador Mike Winkeljohn de traição, após o técnico ter permitido que o próximo adversário de 'Cowboy' treinasse na academia da qual faz parte há mais de dez anos. Em entrevista a Joe Rogan, no 'MMA Show', o americano foi além da intriga pessoal e atacou a atual forma de gestão da 'Jackson Wink MMA Academy', e, em resposta às suas acusações, o técnico lhe tachou como desleal.

Tudo começou quando o UFC agendou a próxima luta de 'Cowboy' contra seu conterrâneo e colega de equipe Mike Perry para o evento Fight Night 139, que será realizado em Denver, no dia 10 de novembro. Insatisfeito em dividir os treinos com o próximo oponente, Cerrone pediu a seus treinadores que o aconselhassem a se preparar em outro local.

"Eu fui falar com Greg e Wink e eles disseram: 'Ei, sobre esse cara novo na academia. Ele está aqui apenas para fazer um camp, só alguns meses. Eu não acho que está tudo bem ele entrar e eu ter que sair. Isso não está certo. Então, se ele está fazendo isso, eu não acho que devemos permitir que ele treine aqui para essa luta'. Então o desgraçado do Winkeljohn me responde: 'Eu pensei que você que o tivesse chamado para cá', ele é tão idiota e mente tanto na sua cara que para mim ele quis dizer algo como: 'Claro, não há problema, nós vamos resolver'", explicou 'Cowboy'.

"E quando chegou a hora de tomar a decisão eles disseram: 'Queremos ficar com Perry'. (...) Eu não tenho ideia de qual é o recorde de vitórias da nossa academia, mas não é como costumava ser. Está tudo errado para mim", completou.

Winkeljohn optou por manter Perry na academia com o argumento de 'Cowboy' de não possuir lealdade à equipe. Em entrevista ao site 'MMAjunkie', o técnico afirmou que só aturava o veterano em consideração ao seu sócio Greg Jackson, que lidava diretamente com o lutador, mas alegou que as caraterísticas do atleta atrapalhavam a equipe.

"Lealdade é de dois lados. 'Cowboy' não é fiel a ninguém no ginásio. Ele está sozinho. Ele faz sua própria coisa. Ele não conseguiu, pelo que me lembro nos últimos 10 anos, ter ajudado alguém com seu próprio camp. Ele é tão narcisista quanto parece. Eu aguentei por muito tempo porque Greg tem o maior coração do mundo. Ele é como meu irmãozinho, mas causava divisão", acusou o treinador.

Aos 35 anos, o experiente Donald Cerrone possui 45 combates em seu cartel profissional como lutador de MMA. Natural de Broomfield, no Colorado, o atleta acumulou até agora 33 triunfos, 11 derrotas e uma luta sem resultado na carreira.