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Em busca de "legado", Marreta pretende fazer quinta luta em 2018

Gaspar Bruno, no Rio de Janeiro (RJ)

Ag. Fight

27/08/2018 12h11

Se há algo que não se pode falar de Thiago 'Marreta', é que lhe falta disposição. Em cinco anos de UFC, ele tem 15 lutas ? uma média de três combates por ano. E ele pretende aumentar esta proporção. Após assinar o contrato para enfrentar Jimi Manuwa no UFC São Paulo, que será realizado no dia 22 de setembro, o brasileiro afirmou que ainda pretende emendar uma quinta subida ao octógono em 2018.

Marreta começou o ano nocauteando Anthony Smith em fevereiro, no UFC Belém. Apenas dois meses depois, enfrentou David Branch no UFC Atlantic City, mas acabou derrotado. Em julho, não lutou, mas ficou de sobreaviso para enfrentar Israel Adesanya em Las vegas. Em agosto, usou o grappling para vencer o estreante Kevin Holland. E, em São Paulo, vai fazer sua primeira investida nos meio-pesados (93 kg). Questionado pela Ag. Fight sobre a intenção de descansar após o duelo contra Manuwa, Thiago surpreendeu.

"Essa pergunta é difícil de responder. Toda vez eu falo, quando eu luto próximo, assim, falo 'Ah, depois dessa luta eu vou dar uma descansada, tirar umas férias', mas acaba surgindo uma oportunidade, sou chamado e acabo aceitando. Então, não sei, cara. Minha vontade é depois dessa luta, se tudo correr bem, se eu não me machucar, não tiver nenhuma lesão, lutar pelo menos mais uma vez este ano. E depois, aí, sim, dar uma descansada, tirar umas férias", falou.

O carioca ressaltou a empolgação com o status de maior atração do evento, sobretudo depois da frustração de não ter feito o combate contra Adesanya ? que encabeçaria o TUF 27 Finale. Na ocasião, ele contava com uma possível retirada de Brad Tavares do card para assumir sua vaga. Desta vez, porém, a substituição foi oficializada.

"Emoção muito grande. Minha primeira luta principal no UFC, depois de tantos anos, tantas lutas. Eu já estive para ser uma luta principal e acabou não rolando. E agora surgiu a oprotunidade, mesmo não sendo na minha categoria. É um momento ímpar da minha carreira, estou emocionado, mas estou emocionado agora, curtindo esse momento agora. Na hora da luta é brindar esse sentimento, essa emoção, e focar na luta, na vitória, que é o mais importante", disse, com exclusividade à Ag. Fight.

Apesar de Jimi Manuwa ser o quinto colocado no ranking dos meio-pesados e de uma eventual vitória sobre o britânico colocar Marreta bem na nova categoria, ele revelou que ainda não sabe se vai se manter na divisão de cima. No momento, ele está mais preocupado com o "legado" que pretende deixar para os mais jovens ? que, assim como ele mesmo fez no passado, têm o desejo de realizar seus sonhos.

"Uma vitória sobre o Manuwa acho que não sei onde me deixa. Mesmo vencendo ele e me ranqueando nos meio-pesados eu não sei se eu vou ficar. Acho que o mais importante é o legado que eu estou deixando, pros jovens, principalmente de comunidades carentes, que é de onde eu venho, da Cidade de Deus. É o legado que eu estou deixando: que eles podem vencer na vida, que eles têm que batalhar pelos sonhos, que não devem desistir dos sonhos, dos objetivos. Acho que isso é o mais importante", declarou.