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Lutadora demitida assegura que UFC descumpriu leis trabalhistas; entenda

Heuler Andrey/UOL
Imagem: Heuler Andrey/UOL

Ag. Fight

25/04/2018 11h00

Na última semana, a carreira de Leslie Smith sofreu uma reviravolta. A americana estava escalada para subir ao octógono no UFC Atlantic City - evento realizado no último sábado (21), nos Estados Unidos -, mas sua adversária, Aspen Ladd, ficou acima do peso limite permitido na divisão peso-galo (61 kg). Para conseguir um novo contrato com a maior organização de MMA do mundo, a lutadora tentou negociar um confronto em peso casado, mas acabou demitida. Após a quebra de contrato, a atleta assegurou que o Ultimate não seguiu as leis trabalhistas americanas.

Presidente da 'Project Spearhead', grupo que busca legalizar a relação dos atletas como empregados do UFC, a americana acredita que foi justamente o projeto que a impediu de subir ao octógono no sábado. Em entrevista ao programa 'MMA Hour', Smith explicou que receberia a bolsa cheia e o bônus pela vitória independentemente de lutar ou não. Então, caso aceitasse o confronto como peso casado contra Ladd, iria contra tudo aquilo que defende.

"Na minha opinião, o que o UFC fez foi ilegal. Porque eles criaram uma situação que incentiva o sentimento de medo, onde as outras pessoas no UFC terão medo de se organizarem e lutarem pelos seus direitos. Ao criar um clima de medo, eles infringem as leis. Esse é o objetivo do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas e das leis que estão nele. Estou surpresa. Acho que isso mostra como eles se sentem com as minhas atividades organizando os lutadores", garantiu a atleta.

"Sinto que se eu lutasse, abriria mão de tudo que defendo. Por isso não consegui aceitar a luta depois que eles me ofereceram 62 mil dólares (aproximadamente R$ 215 mil), porque eu lutaria de graça. E é isso que estou indo contra esse tempo todo. Não deveríamos agir por orgulho. Precisamos nos enxergar como negócio e lutar pela alta quantia que merecemos. Sempre quis que o Project Spearhead fosse significante. E eles cortarem o meu contrato assim, para que eu saia de cena, mostra que ele é significante", concluiu.

Além da demissão da americana, o UFC antecipou a atualização no ranking para essa segunda-feira (23) e a cortou da listagem da divisão peso-galo - na qual ocupava a nona colocação. Nos sete confrontos que realizou no octógono, Smith acumulou quatro vitórias e três derrotas.