Possibilidade de longa ausência de Neymar preocupa PSG
Paris, 29 Jan 2019 (AFP) - Poderia Neymar voltar a jogar com o PSG esta temporada? O clube francês, que se prepara para encarar o Manchester United nas oitavas da Champions, não deu uma versão oficial sobre a lesão do craque brasileiro, em um momento em que a imprensa fala de um desfalque de pelo menos dois meses.
Uma luz em meio a um clima de grande preocupação: ainda sem o anúncio oficial da extensão da lesão de Neymar no pé direito, que mantém os torcedores parisienses apreensivos, o clube anunciou nesta terça-feira a chegada do argentino Leandro Paredes, uma contratação muito esperada para cobrir uma grande necessidade no meio de campo.
A falta de contratações nesta janela de janeiro (que vai se fechar na quinta-feira à noite) também estava deixando "inquieto" o técnico alemão Thomas Tuchel, que além da ausência de Neymar tinha que gerenciar os recorrentes desfalques por lesão do italiano Marco Verratti.
Finalmente uma boa notícia para o PSG a duas semanas de encarrar o Manchester United em Old Trafford na Champions, competição que é o grande objetivo dos parisienses nesta temporada.
A chegada de Paredes, no entanto, não pode fazer desaparecer a preocupação por Neymar, a grande estrela do clube. "Será super difícil que Neymar jogue conosco contra o Manchester United", admitiu no domingo Tuchel, embora o treinador não tenha confirmado a indisponibilidade do camisa 10 por dois meses, como anteciparam os jornais L'Equipe e Le Parisien.
Um sinal da crescente angústia é que o técnico da seleção brasileira Tite atravessou o oceano Atlântico para visitar a estrela em sua casa em Paris. O Brasil se prepara para disputar a próxima Copa América, competição que o país vai sediar entre os dias 14 de junho e 7 de julho.
O chefe do departamento médico da Seleção, Rodrigo Lasmar, que já operou Neymar em março de 2018 após a fratura do quinto metatarso do pé direito, também viajou e está em Paris desde segunda-feira para examinar o craque, já que tudo indica que a lesão é no mesmo local.
- Adeus à temporada? -A primeira coisa a ser esclarecida é o que Neymar tem. O camisa 10 teve que abandonar a partida da Copa da França contra o Strasbourg na quarta-feira passada devido a uma dor no pé direito, após uma dura entrada de um jogador adversário. Horas depois, o PSG se contentou em informar que o jogador havia sofrido "uma reativação dolorosa do quinto metatarso direito".
Em outras palavras, o mesmo osso da parte externa do pé que foi operado e onde foi colocado um parafuso, e que provocou o adeus prematuro à temporada com o PSG, embora Neymar tenha se recuperado a tempo para disputar a Copa da Rússia.
Enquanto o jornal Le Parisien citou uma "recaída" da lesão, o L'Equipe falou em uma falta de consolidação da fratura sofrida na temporada passada, uma espécie de "pseudoartrose".
"Quando se coloca material como um parafuso, isso pode desacelerar um pouco a consolidação do osso", explicou à AFP um especialista em reeducação esportiva, dando a entender que o período de recuperação de Neymar não foi suficiente devido à vontade do jogador de disputar a Copa na Rússia.
Antes deste possível diagnóstico, os médicos estudam duas alternativas para o jogador mais caro da história (222 milhões de euros): uma nova operação, o que significaria outro adeus prematuro à temporada, ou um "tratamento mais rápido" com uma indisponibilidade mínima de "dois meses".
- Plano B -Quem terá a última palavra desta vez sobre o que deve ser feito: o PSG ou a seleção? "Neymar é um jogador do PSG e nós temos que respeitar as decisões do clube. Rodrigo Lasmar vai ajudar, e aí vamos tomar nossas decisões", disse Edu Gaspar, diretor da seleção brasileira, citado pela Globo na segunda-feira.
Na última temporada, Neymar já perdeu o jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões por causa da lesão, e sua equipe foi eliminada contra o Real Madrid, campeão da edição de 2018.
Para compensar a ausência de Neymar, que soma 20 gols e 9 assistências em 23 jogos nesta temporada, Tuchel já começou a adaptar o sistema tático da equipe, dando mais responsabilidade ofensiva ao argentino Angel Di Maria, o homem mais proeminente na vitória de 4 a 1 contra o Rennes no último domingo, ou aproveitando a versatilidade do brasileiro Dani Alves para acompanhar a dupla Mbappé-Cavani no ataque.
Será algum destes o "plano B" que sairá da manga de Tuchel para superar o duelo de mata-mata contra o Manchester United, uma equipe que venceu todos os seus jogos desde a chegada do norueguês Ole Gunnar Solskjaer ao banco no final de dezembro?
yk/pgr/chc/mcd/aam
MANCHESTER UNITED
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