Artigo misógino de jornal russo sobre a Copa gera indignação
Moscou, 29 Jun 2018 (AFP) - Um artigo de um tabloide russo sobre as mulheres de seu país, criticando-as por se relacionarem com estrangeiros que estão na Rússia para a Copa do Mundo 2018, provocou diversas reações indignadas nesta sexta-feira (29) no país. O texto ainda se refere pejorativamente aos brasileiros.
"Diante dos estrangeiros, muitas russas se comportam como putas", escreve sem rodeios o jornal Moskovski Komsomolets (MK) em coluna assinada por Platon Bessedin, publicada na quarta-feira.
"Educamos uma geração de putas, dispostas a abrir suas pernas desde que escutem o som de uma língua estrangeira", afirma, garantindo que "as moças russas que se relacionam com estrangeiros não conhecem o significado da palavra vergonha, de moral".
A Copa do Mundo revelou, na opinião do colunista, "a depravação de nossa sociedade, provada ante os estrangeiros pela forma como agem as mulheres russas, dispostas a tudo para atrair a atenção e, pior, a gratidão dos 'senhores brancos'. Até um brasileiro vale mais do que nossos compatriotas", ironizou.
"Estamos orgulhosos da forma como a Rússia destrói os estereótipos que havia sobre ela, mas há um que não para de se confirmar durante a Copa: a disponibilidade das mulheres russas", insistiu.
Uma petição do portal Change.org, exigindo desculpas públicas do autor e da redação do MK, tinha 19 mil assinaturas nesta sexta-feira.
"O conjunto deste artigo é uma humilhação direta contra as mulheres russas", acusa o manifesto, acrescentando que o texto é uma "incitação ao ódio" - algo proibido pela legislação russa.
Em artigo publicado em seu site, a versão russa da revista Cosmopolitan denunciou "uma mistura infernal de misoginia, ignorância e racismo".
Desde o começo, esta Copa do Mundo tem sido marcada por diversos casos de sexismo e opiniões contrárias à liberdade das mulheres.
"Diante dos estrangeiros, muitas russas se comportam como putas", escreve sem rodeios o jornal Moskovski Komsomolets (MK) em coluna assinada por Platon Bessedin, publicada na quarta-feira.
"Educamos uma geração de putas, dispostas a abrir suas pernas desde que escutem o som de uma língua estrangeira", afirma, garantindo que "as moças russas que se relacionam com estrangeiros não conhecem o significado da palavra vergonha, de moral".
A Copa do Mundo revelou, na opinião do colunista, "a depravação de nossa sociedade, provada ante os estrangeiros pela forma como agem as mulheres russas, dispostas a tudo para atrair a atenção e, pior, a gratidão dos 'senhores brancos'. Até um brasileiro vale mais do que nossos compatriotas", ironizou.
"Estamos orgulhosos da forma como a Rússia destrói os estereótipos que havia sobre ela, mas há um que não para de se confirmar durante a Copa: a disponibilidade das mulheres russas", insistiu.
Uma petição do portal Change.org, exigindo desculpas públicas do autor e da redação do MK, tinha 19 mil assinaturas nesta sexta-feira.
"O conjunto deste artigo é uma humilhação direta contra as mulheres russas", acusa o manifesto, acrescentando que o texto é uma "incitação ao ódio" - algo proibido pela legislação russa.
Em artigo publicado em seu site, a versão russa da revista Cosmopolitan denunciou "uma mistura infernal de misoginia, ignorância e racismo".
Desde o começo, esta Copa do Mundo tem sido marcada por diversos casos de sexismo e opiniões contrárias à liberdade das mulheres.
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