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'Não podemos nos abrir tanto', diz Hierro

25/06/2018 21h28

Caliningrado, Rússia, 26 Jun 2018 (AFP) - O técnico da Espanha, Fernando Hierro, avaliou nesta segunda-feira (25), após o empate por 2 a 2 com o Marrocos pelo Grupo B da Copa da Rússia, que sua seleção não pode se "abrir tanto" para o adversário.

"Após muito sofrimento, temos que ter capacidade autocrítica. Este não é o caminho, não podemos nos abrir tanto. Fizemos tudo de bom e também de ruim", disse Hierro após o jogo em Kaliningrado, que classificou a Espanha na primeira posição da chave.

"Temos que acertar estes detalhes, estamos correndo muito risco. Temos que ter autocrítica e saber como melhorar. Temos que ajustar as transições rápidas", declarou o técnico.

De fato "terminamos na liderança do grupo", mas "temos que nos cobrar, que melhorar se queremos chegar onde pretendemos".

"Agora há apenas a viagem para frente, se você não vence, cai. Temos que ser exigentes com nós mesmos", advertiu o técnico espanhol, que assumiu a seleção da Espanha após a destituição de Julen Lopetegui.

"Cinco gols (sofridos) em três partidas não é o caminho. Disse isto aos garotos e eles são suficientemente maduros para entender", revelou o técnico, que apesar de tudo ficou "satisfeito com esta fase de três partidas".

"Acabamos em primeiro, o que era o nosso objetivo, mas realmente temos que pensar no como", disse o treinador, que se referiu ao uso do VAR, que validou o segundo gol espanhol, empatando a partida.

"Quando marcamos o gol entendíamos que o árbitro estava consultando o VAR e nenhum de nossos jogadores foi pressionar ninguém. A partir de então, tentamos abstrair o que estava acontecendo na outra partida porque era a única solução para focarmos no Marrocos", afirmou.

O técnico espanhol defendeu o uso do árbitro de vídeo, afirmando que "todas as seleções foram instruídas, todos os treinadores e todos os jogadores. É uma tecnologia que tenta ser o mais justa possível".

A Espanha disputará as oitavas de final com a Rússia, sobre a qual Hierro advertiu.

"Será um adversário muito difícil. É o anfitrião, jogaremos em Moscou e tudo estará a nossa frente. Mas nessa Copa nenhum adversário é facil. O que mais preocupa é melhorarmos, sobretudo em não espaços, em diminuir o número de chances de criação", insistiu.

"No final, se ganha e se perde dentro de campo. Os jogadores da seleção estão acostumados a jogar em campos difíceis e com a torcida contra. O nosso problema não está fora de campo, está dentro", concluiu.