Wenger, orgulhoso revolucionário do futebol inglês
Londres, 20 Abr 2018 (AFP) - De total desconhecido em sua chegada em 1996, até os altares da história do Arsenal: Arsène Wenger revolucionou o clube e o alçou ao topo do futebol mundial no início dos anos 2000, mas as últimas temporadas foram difíceis para o emblemático treinador francês.
Quando chegou, os tabloides prognosticavam que o desconhecido treinador procedente do futebol japonês duraria poucas semanas no cargo, no máximo ficaria uma temporada.
Mas o austero e elegante Wenger levou seu estilo ao clube, misturando sua característica em todos os níveis, desde as contratações até a modernização das infraestruturas, passando pela saúde dos jogadores.
O treinador introduziu o conceito de nutrição em um futebol inglês que não era raro ver atletas comerem o tradicional "fish and chips" e se hidratarem com cerveja.
Com Wenger, também chegou uma grande leva de jogadores estrangeiros, especialmente franceses. A estratégias abriu os olhos de toda Premier League, já que os talentos do continente podiam se adaptar ao físico do jogo inglês.
Não é exagerado dizer que Wenger modernizou a Premier League.
- Era de ouro -Os resultados respaldaram sua proposta. O filho de Alphonse e Louise, restauradores em Duttlenheim (Alsacia), liderou os Gunners a três títulos do Campeonato Inglês em 1998, 2002 e 2004, o ano dos "Invencíveis", time que venceu a Premier League de maneira invicta.
O salão de troféus se encheu com quatro Copas até 2006, quando o time disputou a final da Liga dos Campeões, mas acabou sendo superado pelo Barcelona.
"É um milagreiro que revolucionou o clube", garantiu o ex-presidente David Fein.
Mas o conto de fadas começou a complicar a partir desta decisão perdida. O clube atravessou crise econômica e as contratações de Wenger deixaram de ser acertadas.
Formado em economia e gestão, o francês nunca enlouqueceu na corrida por contratar sem se preocupar com o preço, dando prioridade para ter o clube saneado.
Obrigado a vender seus melhores jogadores (Van Persie, Cesc Fabregas, Nasri, etc.) para equilibrar as contas e pagar a construção do Emirates Stadium, o Arsenal se distanciou de outras potências inglesas.
Mas os torcedores perderam a paciência e começaram a criticar o até então intocável Wenger, algo que se tornou habitual nos últimos anos.
As duas goleadas por 5 a 1 sofridas para o Bayern de Munique na última temporada da Liga dos Campeões multiplicaram seus críticos. O time não passa das oitavas de final da competição desde 2010.
- 'Sofrimento e mais sofrimento' -"Sofrimento e mais sofrimento, essa é a história recente de Wenger", escreveu The Mirror sobre a última etapa.
Apesar do tempo que demorou para dar um passo para trás, Wenger não perdeu sua dignidade.
Nesta temporada, sem jogar a Liga dos Campeões após 19 participações consecutivas, o francês renovou contrato até 2019.
Mas a irregularidade do time, que está na sexta colocação a 14 pontos da zona de classificação para a próxima edição do torneio continental, marcou a temporada.
Em março, a Arsenal Supporters Trust, maior associação de torcedores do clube, tornou pública uma enquete feita com mais de 1.000 de seus membros. 88% pedia a saída de Wenger ao final da temporada.
Agora Wenger espera fechar seu longo ciclo no Arsenal da melhor maneira, com o título da Liga Europa. A equipe está na semifinal contra o Atlético de Madrid, em busca do que seria o primeiro troféu europeu do treinador.
Quando chegou, os tabloides prognosticavam que o desconhecido treinador procedente do futebol japonês duraria poucas semanas no cargo, no máximo ficaria uma temporada.
Mas o austero e elegante Wenger levou seu estilo ao clube, misturando sua característica em todos os níveis, desde as contratações até a modernização das infraestruturas, passando pela saúde dos jogadores.
O treinador introduziu o conceito de nutrição em um futebol inglês que não era raro ver atletas comerem o tradicional "fish and chips" e se hidratarem com cerveja.
Com Wenger, também chegou uma grande leva de jogadores estrangeiros, especialmente franceses. A estratégias abriu os olhos de toda Premier League, já que os talentos do continente podiam se adaptar ao físico do jogo inglês.
Não é exagerado dizer que Wenger modernizou a Premier League.
- Era de ouro -Os resultados respaldaram sua proposta. O filho de Alphonse e Louise, restauradores em Duttlenheim (Alsacia), liderou os Gunners a três títulos do Campeonato Inglês em 1998, 2002 e 2004, o ano dos "Invencíveis", time que venceu a Premier League de maneira invicta.
O salão de troféus se encheu com quatro Copas até 2006, quando o time disputou a final da Liga dos Campeões, mas acabou sendo superado pelo Barcelona.
"É um milagreiro que revolucionou o clube", garantiu o ex-presidente David Fein.
Mas o conto de fadas começou a complicar a partir desta decisão perdida. O clube atravessou crise econômica e as contratações de Wenger deixaram de ser acertadas.
Formado em economia e gestão, o francês nunca enlouqueceu na corrida por contratar sem se preocupar com o preço, dando prioridade para ter o clube saneado.
Obrigado a vender seus melhores jogadores (Van Persie, Cesc Fabregas, Nasri, etc.) para equilibrar as contas e pagar a construção do Emirates Stadium, o Arsenal se distanciou de outras potências inglesas.
Mas os torcedores perderam a paciência e começaram a criticar o até então intocável Wenger, algo que se tornou habitual nos últimos anos.
As duas goleadas por 5 a 1 sofridas para o Bayern de Munique na última temporada da Liga dos Campeões multiplicaram seus críticos. O time não passa das oitavas de final da competição desde 2010.
- 'Sofrimento e mais sofrimento' -"Sofrimento e mais sofrimento, essa é a história recente de Wenger", escreveu The Mirror sobre a última etapa.
Apesar do tempo que demorou para dar um passo para trás, Wenger não perdeu sua dignidade.
Nesta temporada, sem jogar a Liga dos Campeões após 19 participações consecutivas, o francês renovou contrato até 2019.
Mas a irregularidade do time, que está na sexta colocação a 14 pontos da zona de classificação para a próxima edição do torneio continental, marcou a temporada.
Em março, a Arsenal Supporters Trust, maior associação de torcedores do clube, tornou pública uma enquete feita com mais de 1.000 de seus membros. 88% pedia a saída de Wenger ao final da temporada.
Agora Wenger espera fechar seu longo ciclo no Arsenal da melhor maneira, com o título da Liga Europa. A equipe está na semifinal contra o Atlético de Madrid, em busca do que seria o primeiro troféu europeu do treinador.
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