Dirigente do Independiente é preso em ação contra 'máfias' do futebol argentino
Buenos Aires, 30 Nov 2017 (AFP) - O vice-presidente do Independiente, Noray Nakis, foi preso nesta quinta-feira em Buenos Aires acusado de integrar uma "máfia", assim como diversos torcedores organizados do clube argentino, finalista da Copa Sul-Americana.
Pelo menos 14 pessoas vinculadas ao clube foram presas e mais de 30 buscas policiais resultaram na apreensão de "armas e dinheiro", informou a ministra de Segurança do governo federal, Patricia Bullrich.
"Esta associação ilícita armava todos os negócios ilegais ao redor do futebol: venda de ingressos ilegais, estacionamentos, viagens das torcidas organizadas, extorsão de jogadores, extorsão do técnico do Independiente", explicou a ministra.
Mas a atuação do grupo não se limitou ao âmbito do futebol, segundo as investigações.
"O vice-presidente do Independiente utilizava esta torcida como força de choque para garantir negócios próprios, como o fez na compra de um hotel que precisava despejar de maneira rápida", continuou Bullrich.
"Ele me disse o tempo todo que é inocente", relatou Esteban Gutiérrez, advogado do vice-presidente do Independiente.
Por nota oficial, o clube argentino afirmou estar "à disposição das autoridades" e que "espera que estes tipos de delitos que envolvam dirigentes do futebol sejam investigados até as últimas consequências".
O clube do bairro de Avellaneda "repudia toda violência e ação de delito cometida em nome da entidade e do futebol", completou.
O Independiente é presidido por Hugo Moyano, ex-secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), um poderoso sindicato de grande influência no âmbito político.
- "Máfias" no futebol -Bullrich afirmou que o objetivo é "ir contra todas as máfias que mandam no futebol argentino".
Durante as buscas e apreensões, três policiais ficaram feridos quando foram atrás de Roberto Petrov, conhecido como o "Polonês", visto pelo imprensa local como elo entre a presidência do Independiente e a torcida organizada do clube.
De acordo com a ministra, Petrov recebeu os agentes "a tiros" quando entraram em sua casa, onde encontraram cerca de 227.000 dólares.
No mês passado, o chefe da 'barrabrava' (como é chamada a torcida organizada na Argentina) do clube, Pablo 'Bebote' Álvarez, se entregou à justiça depois da emissão de um mandato de prisão internacional pela Interpol.
O técnico da equipe, Ariel Holan, o acusou de extorsão ao pedir 50.000 dólares para bancar passagens e ingressos para a Copa do Mundo da Rússia-2018.
O Independiente se classificou nesta semana à final da Copa Sul-Americana ao vencer por 3 a 1 o paraguaio Libertad, na partida de volta das semifinais da competição (0-1 na ida).
Na Argentina, incidentes violentos envolvendo os barrabravas são frequentes a ponto das autoridades proibirem desde 2013 a presença de torcedores visitantes nas partidas da primeira divisão, com algumas exceções.
Também há muitos incidentes violentos entre barrabravas de uma mesma equipe, que disputam o controle de negócios ilegais, como a revenda de ingressos e a exploração de estacionamentos perto do estádio.
Pelo menos 14 pessoas vinculadas ao clube foram presas e mais de 30 buscas policiais resultaram na apreensão de "armas e dinheiro", informou a ministra de Segurança do governo federal, Patricia Bullrich.
"Esta associação ilícita armava todos os negócios ilegais ao redor do futebol: venda de ingressos ilegais, estacionamentos, viagens das torcidas organizadas, extorsão de jogadores, extorsão do técnico do Independiente", explicou a ministra.
Mas a atuação do grupo não se limitou ao âmbito do futebol, segundo as investigações.
"O vice-presidente do Independiente utilizava esta torcida como força de choque para garantir negócios próprios, como o fez na compra de um hotel que precisava despejar de maneira rápida", continuou Bullrich.
"Ele me disse o tempo todo que é inocente", relatou Esteban Gutiérrez, advogado do vice-presidente do Independiente.
Por nota oficial, o clube argentino afirmou estar "à disposição das autoridades" e que "espera que estes tipos de delitos que envolvam dirigentes do futebol sejam investigados até as últimas consequências".
O clube do bairro de Avellaneda "repudia toda violência e ação de delito cometida em nome da entidade e do futebol", completou.
O Independiente é presidido por Hugo Moyano, ex-secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), um poderoso sindicato de grande influência no âmbito político.
- "Máfias" no futebol -Bullrich afirmou que o objetivo é "ir contra todas as máfias que mandam no futebol argentino".
Durante as buscas e apreensões, três policiais ficaram feridos quando foram atrás de Roberto Petrov, conhecido como o "Polonês", visto pelo imprensa local como elo entre a presidência do Independiente e a torcida organizada do clube.
De acordo com a ministra, Petrov recebeu os agentes "a tiros" quando entraram em sua casa, onde encontraram cerca de 227.000 dólares.
No mês passado, o chefe da 'barrabrava' (como é chamada a torcida organizada na Argentina) do clube, Pablo 'Bebote' Álvarez, se entregou à justiça depois da emissão de um mandato de prisão internacional pela Interpol.
O técnico da equipe, Ariel Holan, o acusou de extorsão ao pedir 50.000 dólares para bancar passagens e ingressos para a Copa do Mundo da Rússia-2018.
O Independiente se classificou nesta semana à final da Copa Sul-Americana ao vencer por 3 a 1 o paraguaio Libertad, na partida de volta das semifinais da competição (0-1 na ida).
Na Argentina, incidentes violentos envolvendo os barrabravas são frequentes a ponto das autoridades proibirem desde 2013 a presença de torcedores visitantes nas partidas da primeira divisão, com algumas exceções.
Também há muitos incidentes violentos entre barrabravas de uma mesma equipe, que disputam o controle de negócios ilegais, como a revenda de ingressos e a exploração de estacionamentos perto do estádio.
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