Ex-presidente do Barcelona detido por lavagem de dinheiro
Barcelona, 23 Mai 2017 (AFP) - O ex-presidente do FC Barcelona Sandro Rosell foi detido nesta terça-feira por suposta lavagem de 15 milhões de euros de direitos de transmissão da seleção brasileira, em uma operação que também teria a participação do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira.
A operação acontece principalmente na região da Catalunha e provocou a detenção de cinco pessoas, entre elas o ex-presidente do Barça, Sandro Rosell, e sua mulher", afirmou uma fonte da Polícia Nacional.
A operação "investiga um delito de lavagem de dinheiro, através da cobrança de comissões ilícitas pelos direitos audiovisuais da seleção brasileira de futebol", informou a Guarda Civil em um comunicado.
Mais cedo, um porta-voz da polícia também indicou que o dinheiro procederia dos direitos de imagem da seleção.
De acordo com uma fonte ligada à investigação, Rosell e Teixeira teriam desviado ao longo de vários anos quase 15 milhões de euros (16,85 milhões de dólares) dos contratos de direitos de TV da seleção brasileira.
O dinheiro saída do Brasil para uma conta de uma empresa do Catar na Suíça e de lá era transferido para uma empresa de Sandro Rosell em Andorra, pequeno país entre Espanha e França, que já foi considerado um paraíso fiscal.
O ex-presidente do Barça e Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol de 1989 até 2012, dividiam a maior parte das comissões.
Teixeira e o ex-sogro João Havelange, presidente da Fifa de 1974 a 1998, estavam envolvidos no escândalo dos subornos pagos pela empresa de marketing ISL aos dirigentes da entidade máxima do futebol para obter contratos de direitos de transmissão.
As suspeitas de corrupção o levaram a renunciar ao cargo na CBF em 2012 e atualmente está sendo investigado por corrupção pela justiça americana.
- Rosell, conhecido da justiça -A operação envolve a Guarda Civil e a Polícia Nacional, com ações de busca em residências e sedes de empresa em Barcelona, Girona e Lleida, na região da Catalunha, e também em Andorra.
Diante dos jornalistas, agentes retiravam caixas com documentos da residência de Rosell em um bairro de luxo de Barcelona.
A operação foi ordenada por um tribunal da instrução da Audiência Nacional em Madri, alta jurisdição responsável por casos financeiros complexos e investigações internacionais.
Na quinta-feira, Rosell, a esposa Marta Pineda e os demais detidos prestarão depoimento a um juiz de instrução. O caso permanece sob sigilo de sumário.
Empresário de marketing esportivo, Sandro Rosell foi diretor da multinacional Nike no Brasil e negociou o contrato com a CBF para que a empresa americana se tornasse a fornecedora de material esportivo da seleção.
Em 2010, Rosell foi eleito presidente do FC Barcelona, sucedendo o carismático Joan Laporta, de quem foi braço direito antes de virar grande inimigo.
O mandato durou quatro anos, até sua renúncia, em janeiro de 2014, pouco depois de ser acusado por suposta fraude fiscal na complicada contratação de Neymar pelo Barça em 2013.
Rosell foi inocentado após um acordo entre a diretoria do Barça e justiça para que a pena fosse assumida pelo clube como pessoa jurídica.
Apesar do acordo, o dirigente será julgado por fraude e corrupção em outro processo, iniciado pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que foi dono de parte dos direitos de Neymar e se considera prejudicado pela operação de contratação o brasileiro.
Este caso também envolve Neymar, os pais do jogador, o atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, e o ex-presidente do Santos Odilio Rodrigues Filho.
str-dbh/pmr/jz/fp
A operação acontece principalmente na região da Catalunha e provocou a detenção de cinco pessoas, entre elas o ex-presidente do Barça, Sandro Rosell, e sua mulher", afirmou uma fonte da Polícia Nacional.
A operação "investiga um delito de lavagem de dinheiro, através da cobrança de comissões ilícitas pelos direitos audiovisuais da seleção brasileira de futebol", informou a Guarda Civil em um comunicado.
Mais cedo, um porta-voz da polícia também indicou que o dinheiro procederia dos direitos de imagem da seleção.
De acordo com uma fonte ligada à investigação, Rosell e Teixeira teriam desviado ao longo de vários anos quase 15 milhões de euros (16,85 milhões de dólares) dos contratos de direitos de TV da seleção brasileira.
O dinheiro saída do Brasil para uma conta de uma empresa do Catar na Suíça e de lá era transferido para uma empresa de Sandro Rosell em Andorra, pequeno país entre Espanha e França, que já foi considerado um paraíso fiscal.
O ex-presidente do Barça e Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol de 1989 até 2012, dividiam a maior parte das comissões.
Teixeira e o ex-sogro João Havelange, presidente da Fifa de 1974 a 1998, estavam envolvidos no escândalo dos subornos pagos pela empresa de marketing ISL aos dirigentes da entidade máxima do futebol para obter contratos de direitos de transmissão.
As suspeitas de corrupção o levaram a renunciar ao cargo na CBF em 2012 e atualmente está sendo investigado por corrupção pela justiça americana.
- Rosell, conhecido da justiça -A operação envolve a Guarda Civil e a Polícia Nacional, com ações de busca em residências e sedes de empresa em Barcelona, Girona e Lleida, na região da Catalunha, e também em Andorra.
Diante dos jornalistas, agentes retiravam caixas com documentos da residência de Rosell em um bairro de luxo de Barcelona.
A operação foi ordenada por um tribunal da instrução da Audiência Nacional em Madri, alta jurisdição responsável por casos financeiros complexos e investigações internacionais.
Na quinta-feira, Rosell, a esposa Marta Pineda e os demais detidos prestarão depoimento a um juiz de instrução. O caso permanece sob sigilo de sumário.
Empresário de marketing esportivo, Sandro Rosell foi diretor da multinacional Nike no Brasil e negociou o contrato com a CBF para que a empresa americana se tornasse a fornecedora de material esportivo da seleção.
Em 2010, Rosell foi eleito presidente do FC Barcelona, sucedendo o carismático Joan Laporta, de quem foi braço direito antes de virar grande inimigo.
O mandato durou quatro anos, até sua renúncia, em janeiro de 2014, pouco depois de ser acusado por suposta fraude fiscal na complicada contratação de Neymar pelo Barça em 2013.
Rosell foi inocentado após um acordo entre a diretoria do Barça e justiça para que a pena fosse assumida pelo clube como pessoa jurídica.
Apesar do acordo, o dirigente será julgado por fraude e corrupção em outro processo, iniciado pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que foi dono de parte dos direitos de Neymar e se considera prejudicado pela operação de contratação o brasileiro.
Este caso também envolve Neymar, os pais do jogador, o atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, e o ex-presidente do Santos Odilio Rodrigues Filho.
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