Para Mourinho, nem futebol 'tradicional' inglês está a salvo de mudanças
Paris, 20 Mar 2017 (AFP) - Técnicos demitidos rapidamente, o futebol que se torna uma "indústria": Até a Inglaterra, berço "de tradição e estabilidade" no futebol está "indo para o espaço", lamenta José Mourinho, em entrevista à revista France Football.
"No ambiente atual, o futebol de hoje continua sendo uma paixão para as pessoas normais, mas para os outros é uma indústria. Até neste país (Inglaterra), que é um país de tradição e estabilidade, tudo está indo para o espaço", critica o técnico do Manchester United.
"Os clubes são propriedades do capital estrangeiro, não mais do capital inglês, com a educação que vem junto, com pessoas que acreditam em projetos a longo prazo", lamentou o português. "Na temporada passada, fui demitido do Chelsea seis meses depois de ser campeão. Mesma coisa com Ranieri nesta temporada no Leicester. Esse emprego está ficando coisa de louco!".
Para Mourinho, o futebol não terá mais técnico com Arsène Wenger, que há 21 anos comanda o Arsenal.
"Wenger será o último (...) Isso se tornou impossível Não só por causa do perfil dos clubes, mas também em função do perfil dos treinadores. Tenho minhas dúvidas em relação à nova geração de técnicos, sua formação, sua capacidade de integrar todos os aspectos de um clube".
Mourinho também falou da evolução do cargo de técnico ao longo do tempo: "Há 10 anos, nenhum jogador tinha celular no vestiário. É preciso aceitar, porque se você luta contra isso, você produz conflito e começa a viver na idade da pedra".
"Se você impede um jogador de fazer algo, mesmo que seja idiota, nas redes sociais, você estará indo contra a natureza", concluiu.
"No ambiente atual, o futebol de hoje continua sendo uma paixão para as pessoas normais, mas para os outros é uma indústria. Até neste país (Inglaterra), que é um país de tradição e estabilidade, tudo está indo para o espaço", critica o técnico do Manchester United.
"Os clubes são propriedades do capital estrangeiro, não mais do capital inglês, com a educação que vem junto, com pessoas que acreditam em projetos a longo prazo", lamentou o português. "Na temporada passada, fui demitido do Chelsea seis meses depois de ser campeão. Mesma coisa com Ranieri nesta temporada no Leicester. Esse emprego está ficando coisa de louco!".
Para Mourinho, o futebol não terá mais técnico com Arsène Wenger, que há 21 anos comanda o Arsenal.
"Wenger será o último (...) Isso se tornou impossível Não só por causa do perfil dos clubes, mas também em função do perfil dos treinadores. Tenho minhas dúvidas em relação à nova geração de técnicos, sua formação, sua capacidade de integrar todos os aspectos de um clube".
Mourinho também falou da evolução do cargo de técnico ao longo do tempo: "Há 10 anos, nenhum jogador tinha celular no vestiário. É preciso aceitar, porque se você luta contra isso, você produz conflito e começa a viver na idade da pedra".
"Se você impede um jogador de fazer algo, mesmo que seja idiota, nas redes sociais, você estará indo contra a natureza", concluiu.
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