Rússia também corre risco de ficar fora dos Jogos Paralímpicos
Paris, 22 Jul 2016 (AFP) - O Comitê Paralímpico Internacional (CPI) iniciou nesta sexta-feira um procedimento de suspensão contra o Comitê Paralímpico Russo, depois das revelações do relatório McLaren sobre um sistema organizado de doping na Rússia.
Em vista desta "cultura" do doping na Rússia, "ao mais alto nível (...), o Comitê Paralímpico Russo não parece respeitar o código antidoping do CPI", indicou em um comunicado no qual avisa que a decisão final será tomada na primeira semana de agosto.
Caso seja suspenso, o comitê russo terá 21 dias para recorrer e evitar ficar fora dos Jogos Paralímpicos, marcados de 7 a 18 setembro, no Rio.
A Rússia é uma das maiores potências do esporte paralímpico. Na última edição, em Londres-2012, terminou em segundo lugar do quadro de medalhas, atrás apenas da China, com 102 pódios (36 ouros, 39 pratas e 27 bronzes).
Por conta das denúncias de doping, o atletismo russo já foi banido dos Jogos Olímpicos (5 a 21 de agosto), em decisão confirmada na última quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte.
O risco de a participação de todos os esportistas do país ser vetada ganhou força com novas revelações divulgadas na segunda-feira pela Agência Mundial Antidoping (Wada), no relatório McLaren.
- Sumiço de amostras -O Comitê Olímpico Internacional (COI) se reúne no domingo para discutir o assunto, mas o Comitê Paralímpico resolveu agir mais rápido.
"Esta decisão não foi tomada de forma leviana. Depois de ter estudado o relatório McLaren, o CPI considera que o ambiente no qual o esporte russo se encontra atualmente não permite que o comitê paralímpico russo tenha condições de cumprir suas obrigações como membro", explicou Philip Craven, presidente do CPI.
O relatório McLaren forneceu na segunda-feira detalhes sórdidos sobre o "sistema de doping de Estados" implantado na Rússia desde 2011, em 30 modalidades, tanto olímpicas quanto paralímpicas.
A comissão independente responsável pela investigação entregou ao nome dos atletas paralímpicos associados ao "sumiço de 35 amostras positivas" mencionado no relatório.
De acordo com o documento, as amostras foram falsificadas por fiscais de controles antidoping russos, com a cumplicidade do ministério do esporte, para constar como negativas nas bases de dados.
O PCI também anunciou que pretende pedir novas análises de 19 amostras coletadas durante os Jogos Paralímpicos de inverno de 2014, em Sochi, na Rússia. O relatório McLaren revelou que essas amostras "foram potencialmente falsificadas em meio à campanha de manipulação de resultados de exames antidoping implantada pela Rússia para os Jogos de Inverno".
Em vista desta "cultura" do doping na Rússia, "ao mais alto nível (...), o Comitê Paralímpico Russo não parece respeitar o código antidoping do CPI", indicou em um comunicado no qual avisa que a decisão final será tomada na primeira semana de agosto.
Caso seja suspenso, o comitê russo terá 21 dias para recorrer e evitar ficar fora dos Jogos Paralímpicos, marcados de 7 a 18 setembro, no Rio.
A Rússia é uma das maiores potências do esporte paralímpico. Na última edição, em Londres-2012, terminou em segundo lugar do quadro de medalhas, atrás apenas da China, com 102 pódios (36 ouros, 39 pratas e 27 bronzes).
Por conta das denúncias de doping, o atletismo russo já foi banido dos Jogos Olímpicos (5 a 21 de agosto), em decisão confirmada na última quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Esporte.
O risco de a participação de todos os esportistas do país ser vetada ganhou força com novas revelações divulgadas na segunda-feira pela Agência Mundial Antidoping (Wada), no relatório McLaren.
- Sumiço de amostras -O Comitê Olímpico Internacional (COI) se reúne no domingo para discutir o assunto, mas o Comitê Paralímpico resolveu agir mais rápido.
"Esta decisão não foi tomada de forma leviana. Depois de ter estudado o relatório McLaren, o CPI considera que o ambiente no qual o esporte russo se encontra atualmente não permite que o comitê paralímpico russo tenha condições de cumprir suas obrigações como membro", explicou Philip Craven, presidente do CPI.
O relatório McLaren forneceu na segunda-feira detalhes sórdidos sobre o "sistema de doping de Estados" implantado na Rússia desde 2011, em 30 modalidades, tanto olímpicas quanto paralímpicas.
A comissão independente responsável pela investigação entregou ao nome dos atletas paralímpicos associados ao "sumiço de 35 amostras positivas" mencionado no relatório.
De acordo com o documento, as amostras foram falsificadas por fiscais de controles antidoping russos, com a cumplicidade do ministério do esporte, para constar como negativas nas bases de dados.
O PCI também anunciou que pretende pedir novas análises de 19 amostras coletadas durante os Jogos Paralímpicos de inverno de 2014, em Sochi, na Rússia. O relatório McLaren revelou que essas amostras "foram potencialmente falsificadas em meio à campanha de manipulação de resultados de exames antidoping implantada pela Rússia para os Jogos de Inverno".
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