História dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992 a Londres-2012
Londres, 20 Jul 2016 (AFP) - Terceira parte da história dos Jogos Olímpicos (de Barcelona-1992 a Londres-2012), cuja 31ª edição será realizada no Rio de Janeiro de 5 a 21 de agosto.
Criados em 1896 por iniciativa do barão francês Pierre de Coubertin, os Jogos Olímpicos modernos foram herdeiros dos criados na Grécia antiga, que terminaram no ano de 392.
- 1992: BARCELONA (25 de julho a 9 de agosto)
A terra do então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Juan Antonio Samaranch, foi palco da reunificação do movimento olímpico. Praticamente todos os países participaram da edição catalã dos Jogos, inclusive a África do Sul, depois de 32 anos de proibição devido ao apartheid. A Alemanha estava reunificada após a queda do Muro de Berlim. As quinze repúblicas da ex-União Soviética concorreram sob a bandeira da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Carl Lewis conquistou um terceiro título olímpico no salto em distância e o ginasta russo Vitaly Scherbo estabeleceu um recorde na modalidade ao vencer seis medalhas de ouro. A vitória de maior apelo popular foi a do 'Dream Team', a seleção de basquete dos Estados Unidos que com os astros Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird pulverizou todos os adversários.
- 1996: ATLANTA (19 de julho a 4 de agosto)
Pela primeira vez todos os Comitês Olímpicos Nacionais (197) estiveram presentes. A participação superou a barreira dos 10.000 atletas (10.320). Uma semana após a abertura dos Jogos, uma bomba de fabricação caseira explodiu num parque no meio da multidão, deixando dois mortos e onze feridos. O culpado até hoje não foi encontrado. Carl Lewis concluiu sua espetacular carreira com um quarto título no salto em distância e seu compatriota Michael Johnson conseguiu uma incrível 'dobradinha' de ouro nos 200 e 400 metros.
- 2000: SYDNEY (15 de setembro a 1º de outubro)
Foram os Jogos com maior número de participantes: 10.651 atletas. Cathy Freeman simbolizou o ideal da reconciliação do povo australiano ao acender a pira olímpica. Dez dias depois, a atleta aborígene venceu a prova dos 400 metros. Como para a americana Marion Jones, vencedora de três medalhas de ouro e duas de bronze, no lugar dos cinco ouros que era favorita a conquistar, os Jogos de Sydney deixaram um sentimento de desilusão para alguns atletas. Na natação, esperava-se uma façanha do australiano Ian Thorpe, que, apesar dos três títulos -apenas um individual-, foi eclipsado pelo holandês Pieter van den Hoogenband, autor da dobradinha nos 100 e 200 metros nado livre. Outras conquistas históricas: a do americano Maurice Greene (100 m), do britânico Jonathan Edwards (salto triplo), do cubano Ivan Pedroso (salto em distância), do etíope Haile Gebresalassie, novamente coroado nos 10.000 m, e do tcheco Jan Zelezny, ganhador de uma terceira medalha de ouro no lançamento de dardo.
- 2004: ATENAS (13 a 29 de agosto)
Os Jogos voltaram para sua casa, a Grécia, mas o ótimo rendimento das nações asiáticas começou a marcar uma nova tendência nos esportes olímpicos, que se acentuou em Pequim-2008, onde a China ficou no topo do quadro de medalhas. Em Atenas, os Estados Unidos mantiveram seu domínio com 103 medalhas (35 de ouro), mas os chineses mandaram um recado com a segunda colocação no quadro geral, conquistando 63 medalhas (32 de ouro). Os chineses venceram também sua primeira medalha na história no atletismo (Liu Xiang nos 110 com barreiras). A capital grega se rendeu ao fundista marroquino Hicham El-Guerrouj, ouro nos 1500 e 5000 m, e à britânica Kelly Holmes, que ficou com o título nos 800 e 1500 m. Na natação, o americano Michael Phelps, aos 19 anos, voltou para casa com oito medalhas, seis de ouro. O único recorde mundial foi estabelecido pela russa Yelena Isinbayeva, com a marca de 4,91 m no salto com vara.
- 2008: PEQUIM (8 a 24 de agosto)
A China sediou os Jogos Olímpicos pela primeira vez e utilizou o evento para evidenciar ao mundo seu poderio econômico, mas os meses prévios à disputa foram marcados por ameaças de boicote, devido à precariedade da situação do Direitos Humanos no país e no Tibete. No plano esportivo, duas estrelas brilharam mais que todas as outras: o nadador americano Michael Phelps e o velocista jamaicano Usain Bolt. O primeiro conquistou oito medalhas de ouro, batendo o recorde de títulos em uma única edição dos Jogos, desbancando o compatriota Mark Spitz, vencedor de sete ouros em Munique-1972. Bolt, por sua vez, surgiu como novo rei das pistas, com três recorde mundiais nos 100, 200 e 4x100 m, juntando-se às lendas Jesse Owens (1936), Bobby Morrow (1956) e Carl Lewis (1984) como únicos atletas a conquistar o 'triplete' da velocidade. No quadro de medalhas, a China terminou em primeiro com 51 ouros, à frente dos Estados Unidos (36). Também brilharam o craque argentino Lionel Messi, ouro com a seleção argentina, a equipe norte-americana de basquete e o espanhol Rafael Nadal no tênis.
- 2012: LONDRES (27 de julho a 12 de agosto)
Usain Bolt voltou a assombrar o mundo com um novo 'triplete' nos 100, 200 e 4x100 metros, enquanto Michael Phelps se tornou o atleta mais laureado da história olímpica, com 22 pódios e 18 ouros.
Os Estados Unidos recuperaram a liderança do quadro de medalhas ao superar a China. A surpresa da edição foi a atuação da delegação britânica, que aproveitou o fator casa para terminar no terceiro lugar geral, à frente da Rússia.
Uma atuação diga da rainha Elizabeth II, que abriu a 30ª edição dos Jogos pulando de paraquedas para dentro do estádio olímpico acompanhada de James Bond, numa imagem que rodou o mundo. Obviamente, era apenas uma dublê da monarca.
Criados em 1896 por iniciativa do barão francês Pierre de Coubertin, os Jogos Olímpicos modernos foram herdeiros dos criados na Grécia antiga, que terminaram no ano de 392.
- 1992: BARCELONA (25 de julho a 9 de agosto)
A terra do então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Juan Antonio Samaranch, foi palco da reunificação do movimento olímpico. Praticamente todos os países participaram da edição catalã dos Jogos, inclusive a África do Sul, depois de 32 anos de proibição devido ao apartheid. A Alemanha estava reunificada após a queda do Muro de Berlim. As quinze repúblicas da ex-União Soviética concorreram sob a bandeira da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Carl Lewis conquistou um terceiro título olímpico no salto em distância e o ginasta russo Vitaly Scherbo estabeleceu um recorde na modalidade ao vencer seis medalhas de ouro. A vitória de maior apelo popular foi a do 'Dream Team', a seleção de basquete dos Estados Unidos que com os astros Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird pulverizou todos os adversários.
- 1996: ATLANTA (19 de julho a 4 de agosto)
Pela primeira vez todos os Comitês Olímpicos Nacionais (197) estiveram presentes. A participação superou a barreira dos 10.000 atletas (10.320). Uma semana após a abertura dos Jogos, uma bomba de fabricação caseira explodiu num parque no meio da multidão, deixando dois mortos e onze feridos. O culpado até hoje não foi encontrado. Carl Lewis concluiu sua espetacular carreira com um quarto título no salto em distância e seu compatriota Michael Johnson conseguiu uma incrível 'dobradinha' de ouro nos 200 e 400 metros.
- 2000: SYDNEY (15 de setembro a 1º de outubro)
Foram os Jogos com maior número de participantes: 10.651 atletas. Cathy Freeman simbolizou o ideal da reconciliação do povo australiano ao acender a pira olímpica. Dez dias depois, a atleta aborígene venceu a prova dos 400 metros. Como para a americana Marion Jones, vencedora de três medalhas de ouro e duas de bronze, no lugar dos cinco ouros que era favorita a conquistar, os Jogos de Sydney deixaram um sentimento de desilusão para alguns atletas. Na natação, esperava-se uma façanha do australiano Ian Thorpe, que, apesar dos três títulos -apenas um individual-, foi eclipsado pelo holandês Pieter van den Hoogenband, autor da dobradinha nos 100 e 200 metros nado livre. Outras conquistas históricas: a do americano Maurice Greene (100 m), do britânico Jonathan Edwards (salto triplo), do cubano Ivan Pedroso (salto em distância), do etíope Haile Gebresalassie, novamente coroado nos 10.000 m, e do tcheco Jan Zelezny, ganhador de uma terceira medalha de ouro no lançamento de dardo.
- 2004: ATENAS (13 a 29 de agosto)
Os Jogos voltaram para sua casa, a Grécia, mas o ótimo rendimento das nações asiáticas começou a marcar uma nova tendência nos esportes olímpicos, que se acentuou em Pequim-2008, onde a China ficou no topo do quadro de medalhas. Em Atenas, os Estados Unidos mantiveram seu domínio com 103 medalhas (35 de ouro), mas os chineses mandaram um recado com a segunda colocação no quadro geral, conquistando 63 medalhas (32 de ouro). Os chineses venceram também sua primeira medalha na história no atletismo (Liu Xiang nos 110 com barreiras). A capital grega se rendeu ao fundista marroquino Hicham El-Guerrouj, ouro nos 1500 e 5000 m, e à britânica Kelly Holmes, que ficou com o título nos 800 e 1500 m. Na natação, o americano Michael Phelps, aos 19 anos, voltou para casa com oito medalhas, seis de ouro. O único recorde mundial foi estabelecido pela russa Yelena Isinbayeva, com a marca de 4,91 m no salto com vara.
- 2008: PEQUIM (8 a 24 de agosto)
A China sediou os Jogos Olímpicos pela primeira vez e utilizou o evento para evidenciar ao mundo seu poderio econômico, mas os meses prévios à disputa foram marcados por ameaças de boicote, devido à precariedade da situação do Direitos Humanos no país e no Tibete. No plano esportivo, duas estrelas brilharam mais que todas as outras: o nadador americano Michael Phelps e o velocista jamaicano Usain Bolt. O primeiro conquistou oito medalhas de ouro, batendo o recorde de títulos em uma única edição dos Jogos, desbancando o compatriota Mark Spitz, vencedor de sete ouros em Munique-1972. Bolt, por sua vez, surgiu como novo rei das pistas, com três recorde mundiais nos 100, 200 e 4x100 m, juntando-se às lendas Jesse Owens (1936), Bobby Morrow (1956) e Carl Lewis (1984) como únicos atletas a conquistar o 'triplete' da velocidade. No quadro de medalhas, a China terminou em primeiro com 51 ouros, à frente dos Estados Unidos (36). Também brilharam o craque argentino Lionel Messi, ouro com a seleção argentina, a equipe norte-americana de basquete e o espanhol Rafael Nadal no tênis.
- 2012: LONDRES (27 de julho a 12 de agosto)
Usain Bolt voltou a assombrar o mundo com um novo 'triplete' nos 100, 200 e 4x100 metros, enquanto Michael Phelps se tornou o atleta mais laureado da história olímpica, com 22 pódios e 18 ouros.
Os Estados Unidos recuperaram a liderança do quadro de medalhas ao superar a China. A surpresa da edição foi a atuação da delegação britânica, que aproveitou o fator casa para terminar no terceiro lugar geral, à frente da Rússia.
Uma atuação diga da rainha Elizabeth II, que abriu a 30ª edição dos Jogos pulando de paraquedas para dentro do estádio olímpico acompanhada de James Bond, numa imagem que rodou o mundo. Obviamente, era apenas uma dublê da monarca.
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