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COI cria comissão disciplinar para decidir sobre possível exclusão da Rússia do Rio-2016

19/07/2016 16h25

Lausana, Suíça, 19 Jul 2016 (AFP) - A 17 dias do início dos Jogos do Rio, e no dia seguinte ao relatório McLaren sobre o doping na Rússia, o COI decidiu nesta terça-feira estudar "todas as opções legais" entre uma exclusão coletiva da Rússia "e o direito à justiça individual dos esportistas russos".

Em seu comunicado, o Comitê Olímpico Internacional precisa que "levará em consideração" a opinião do Tribunal Arbitral de Lausana, esperada sobre o recurso de 60 atletas russos pela suspensão da Federação russa de Atletismo.

O COI, que reuniu em caráter de urgência sua comissão executiva nesta terça-feira, pediu consequentemente "a todas as federações internacionais (de diferentes esportes) de iniciar investigações profundas e, em caso de infração do código mundial antidoping, pedir à federação internacional correspondente de tomar medidas contra as federações russas".

Essas investigações deverão ser coordenadas com o trabalho do especialista independente Richard McLaren, que na terça-feira denunciou em seu relatório um "doping de Estado" russo, com a participação "ativa" do serviço secreto do país.

O COI também proibiu ao ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko, de comparecer em agosto aos jogos do Rio-2016, anunciando que "não dará nenhuma credencial aos oficiais do ministério e a toda pessoa citada no relatório McLaren".

No relatório, encomendado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), McLaren apontou para Mutko e seu assistente Iuri Nagornykh como peças importantes do sistema de doping em 30 esportes e encoberto pelo Estado russo, em prática desde 2011.

A comissão executiva do COI, que se mostrou "preocupada com as falhas na luta contra o doping", decretou que o COI "não organizará nem dará aval a qualquer encontro ou evento esportivo na Rússia".

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