Fifa diz que é impossível acabar com manipulação de resultados
O diretor de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, reconheceu nesta sexta-feira que sempre haverá corrupção no futebol e que o máximo que se pode esperar é um controle maior sobre manipulação de resultados com um esquema mais eficiente de repressão e um trabalho de educação.
"Sempre houve corrupção no esporte, antes mesmo do surgimento das apostas sobre jogos, e sempre haverá. É impossível acabar totalmente com a manipulação de resultados", lamentou o dirigente num congresso organizado em Zurique, na Suíça, pela empresa Early Warning System (EWS), contratada pela Fifa para fiscalizar partidas.
Mutschke revelou que "dos cerca de 330.000 jogos monitorados pela empresa todos os anos, menos de 350 (menos de 1%) são manipulados".
No entanto, outro número preocupa mais: cerca de 10% do total de dinheiro apostado está relacionado a partidas manipuladas (90 bilhões de dólares num total de um trilhão).
Michaela Ragg, da Interpol, concordou com Mutschke ao alegar que é possível "tentar reduzir o problema da manipulação de resultados, mas não se pode erradicá-lo totalmente".
"A prevenção é essencial para lutar contra esta praga. Temos que explicar aos atletas como eles precisam se proteger e devemos mostrar porque eles são vulneráveis", explicou.
"Tudo ficou mais rápido e mais fácil. Na medida em que há cada vez mais dinheiro em jogo, o número de criminosos que atuam neste ramo não para de crescer. Não podemos apenas focar o nosso trabalho na Ásia, onde se concentra o maior número de apostas (tanto legais quando ilegais), porque o problema atinge todas as partes de mundo", considerou.
Michaela Ragg também admitiu que nem sempre é possível mobilizar muitos recursos na luta contra este problema. "Em países com graves problemas de tráfico de drogas e de seres humanos, a corrupção no esporte não é realmente uma prioridade", completou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.