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NBA quer 'teto salarial de verdade', e jogadores ameaçam greve, diz jornal

Atual campeão, Golden State Warriors é um dos times que mais gasta em salários - Jesse D. Garrabrant/NBAE via Getty Images
Atual campeão, Golden State Warriors é um dos times que mais gasta em salários Imagem: Jesse D. Garrabrant/NBAE via Getty Images

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

12/12/2022 08h57

Greve à vista na NBA. O motivo? Dinheiro. De acordo com o jornalista da ESPN Adrian Wojnarowski, especializado em NBA, a liga norte-americana de basquete quer impor o que vem sendo chamado de 'teto salarial de verdade' aos times, ideia essa que faz os jogadores cogitarem greve.

A negociação já está em andamento, mas, de acordo com o jornalista, os atletas, especialmente os veteranos, não estão dispostos a aceitarem contratos menos lucrativos e diminuírem os seus ganhos.

Na teoria, já existe um limite salarial na NBA. Na prática, porém, esse limite pode ser facilmente ultrapassado por conta do pagamento da chamada 'taxa de luxo' da liga, uma espécie de imposto cobrado sobre o valor que ultrapassa o teto salarial da equipe e que, na prática, mantém os times mais ricos com a possibilidade de oferecer mais aos atletas.

Para se ter uma ideia, Los Angeles Clippers, Golden State Warriors e Brooklyn Nets, os três times com mais gastos salariais na atual temporada, desembolsam 192, 189,5 e 181 milhões de dólares, respectivamente, aos jogadores, uma quantia muito maior que o atual teto salarial da NBA, que hoje é de 123 milhões de dólares (cerca de R$ 645 milhões na cotação atual).

Em vigor desde julho de 2017, o acordo referente ao valor do teto salarial assinado entre NBA e a Associação de Jogadores irá expirar na temporada 2023/24, e, segundo com Adrian Wojnarowski, o não acerto entre as partes pode provocar uma greve a partir de julho.

Com a intenção de manter o equilíbrio de forças entre os times na liga, a NBA insiste por um rígido limite salarial que não poderia ser excedido em nenhuma hipótese. Desta forma, nem mesmo as franquias com maior poder aquisitivo poderiam pagar salários além do estabelecido.