Pegar o controle da televisão e colocar direto na Globo na hora de assistir a uma grande decisão de campeonato foi, por muito tempo, algo automático entre os torcedores de futebol. Mas a história nem sempre foi escrita desta forma.

A transmissão do jogo era exclusiva da OM, emissora com sede no Paraná que adquiriu os direitos da competição —a final foi retransmitida em São Paulo pela Gazeta. Além de Galvão, a final contou com os comentários de Roberto Avallone e reportagens de Raul Quadros e Mário Jorge Guimarães.

Os direitos eram da Traffic, empresa de marketing e controladora do departamento de esportes da Band. O sucesso de audiência na semi entre Corinthians e Real Madrid, com direito a vitória sobre o Jornal Nacional no Ibope, fez a Globo correr atrás do direito de transmissão da decisão, mas em vão.

O SBT ainda ficou com a exclusividade da competição por mais dois anos, com os títulos do Cruzeiro sobre o Palmeiras, em 1996, e do Grêmio sobre o Flamengo, em 1997.

Cabe uma curiosidade: o último jogo daquela Copa União, que deu ao Sport o título sobre o Guarani, foi transmitido com exclusividade pelo SBT, que detinha os direitos do Módulo Amarelo.

Aliás, se depender de superstição, o torcedor alviverde consideraria de bom grado que toda Libertadores continue passando no SBT, não é mesmo? Com Téo José no comando, o Palmeiras conquistou o bicampeonato com as vitórias nas finais contra o Santos e o Flamengo.