Tombos, choro e meditação. Como americana virou fenômeno em escalar rochas
Ela tem só 19 anos, mas já fez algo que, até então, só havia sido conquistado por homens. Em fevereiro deste ano, Margo Hayes se tornou a primeira mulher a escalar o nível mais difícil de La Rambla, em Siruana, na Espanha. Foram sete dias e 17 tentativas até a menina atingir algo que muito atleta experiente não consegue.
Qual o segredo dessa americana? São alguns. A infância dedicada à ginástica é um deles. Soma-se a isso o perfil destemido de Margo, como ela mesma define ao se recordar dos tempos de criança.
"Eu era muito audaciosa e não sentia muito medo", disse Margo à "ESPN" americana. Seu gosto pelo trampolim e as botas ortopédicas que faziam muita companhia devido às inúmeras lesões provam isso. O trampolim, inclusive, segue na rotina de treinos da americana.
Ela ainda faz exercícios de força na academia e corre de 5 a 8 km para aumentar sua resistência. Meditação também faz parte de sua rotina. E isso a ajudou a não se empolgar antes da hora ao se aproximar do fim da escalada em La Rambla.
"Eu já estava sentindo uma alegria grande, mas é importante não deixar isso tomar conta do seu corpo antes de realmente terminar", argumenta.
Quem acompanha Margo nas escaladas afirma que sua resistência mental e a confiança são determinantes em seu sucesso. As rochas íngrimes não costumam abalar a americana, como as 16 tentativas anteriores na Espanha mostram.
Margo Hayes começou escalar aos 10 anos, mas se dedica 100% a essa atividade física desde os 13. Ou seja, em seis anos durante a adolescência ela atingiu um nível que faz seu maior sonho se tornar uma meta real: disputar uma edição das Olimpíadas (a escalada está no programa olímpico já na edição de Tóquio, em 2020).
Enquanto isso, ela segue disputando competições em ambientes externos e internos. No indoor, por exemplo, foi segunda colocada em torneio de velocidade em Denver. Em rochas, já são mais de 15 escaladas nos níveis mais elevados. A da Espanha, inclusive, a fez chorar de forma diferente, segundo Margo. "Nunca vou esquecer esse momento".
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