Nova brasileira do UFC é "parça" de Miesha e Claudinha e carregou tocha
O reinado da campeã peso palha do UFC, Joanna Jedrzejczyk, está ameaçado pela brasileira Claudinha Gadelha, que irá enfrentar a polonesa no dia 8 de julho. Contudo, caso a atleta não consiga derrotar a atual campeã, uma nova promessa do esporte desponta como uma rival de peso para a polonesa.
O UFC contratou a companheira de academia de Claudinha e ex-campeã do XFC, Poliana Botelho, para integrar a divisão peso galo da organização. E a lutadora já chega para o maior evento de MMA do planeta com credenciais de respeito: companheira de treinos da principal desafiante ao cinturão da categoria e de outros importantes nomes da organização, como a campeã peso galo Miesha Tate e o carismático peso pesado Roy Nelson.
Motivação inicial foi obter melhor forma física
Poliana Botelho, de 27 anos, teve uma ascensão meteórica em sua carreira, que conta com cinco vitórias e apenas uma derrota. Assim como grande parte das mulheres que começam a praticar artes marciais, a primeira motivação da atleta foi estética: emagrecer. Contudo, não tardou a perceber que esta poderia ser a sua profissão.
“Eu comecei a treinar há três anos e meio, mais ou menos. Eu era muito forte, depois fiquei um pouco gordinha. Uma amiga convidou para treinar muay thai na minha cidade. Gostei, comecei a treinar e, em três meses, fiz minha primeira luta. Então, me apaixonei e me encantei pelo MMA, vi que essa seria a minha vida”, revelou Poliana, em entrevista ao UOL Esporte.
Chegada na Nova União e amizade com Claudinha Gadelha
Após vencer sua primeira luta, Poliana foi convidada por Yan Cabral, seu conterrâneo, a deixar a pequena Muriaé, cidade de 105 mil habitantes no interior de Minas Gerais, para mudar-se para o Rio de Janeiro, onde poderia treinar na academia Nova União ao lado de importantes nomes do esporte como Claudinha Gadelha, José Aldo e Renan Barão.
Após chegar à academia, Poliana rapidamente se identificou com Claudinha, a quem classifica hoje como uma irmã. A experiente lutadora ajudou a novata a encontrar um lugar para morar no Rio de Janeiro, acolheu a lutadora nos treinamentos e até a levou para Las Vegas no período em que foi treinadora do reality show The Ultimate Fighter, programa que lhe garantiu a oportunidade de disputar o cinturão.
“Não tem pessoa igual a Claudinha, ela tem um coração muito grande e bom. É um prazer estar sempre ajudando nos treinamentos dela por tudo que ela já fez por mim. Ela me acolheu e me ajudou. A Claudinha pode contar comigo a hora que for, sou fã demais, ela mora no meu coração”, revelou Poliana.
Primeiro título e contrato com o UFC
Passados alguns meses treinando na Nova União, Poliana foi convidada para lutar pelo XFC, evento trazido para o Brasil pelo empresário Myron Molotky. Após três lutas, em que exibiu seu excelente jogo de trocação e nocauteou todas as adversárias, Poliana conquistou o cinturão e também sagrou-se vencedora do GP da organização.
Com performances dominantes no peso galo, a lutadora logo despertou atenção de Sean Shelby, funcionário do UFC responsável por casar os duelos femininos da organização. Não tardou até chegar a proposta para assinar com a companhia comandada por Dana White.
“Acho que a visibilidade que o XFC me deu foi muito grande. Isso ajudou também a fechar este contrato. Eu até agradeço ao Myron, presidente do XFC, por eu ter títulos, que me deram uma visibilidade muito grande e abriu as portas para mim no UFC”, celebrou Poliana.
Temporada de treinos e amizade com Miesha Tate
Se Poliana já tinha uma ideia do que poderia encontrar no UFC baseada nos treinos realizados com Claudinha Gadelha e a equipe da Nova União, a percepção ficou ainda maior após um período passado na Xtreme Couture, academia em que a campeã peso galo da organização, Miesha Tate, treina para seus duelos.
Na academia norte-americana, Poliana teve a oportunidade de treinar com importantes nomes do MMA, como Roy Nelson, Heather Clarke e Miesha Tate. A sintonia com a atual campeã foi tão grande que elas acabaram criando até uma amizade fora do octógono.
“Foi uma oportunidade muito grande que tive para sair da zona de conforto, ter outras meninas para treinar, outra forma de jogo. Acrescentou muito para minha vida e para meu futuro. Ajudei a Miesha para a luta dela contra a Holly Holm (em que a luta conquistou o cinturão). Fui muito bem recebida, ela é a educação em pessoa. Fora dos treinos fizemos várias coisas, como churrasco, andamos de buggy, saímos para jantar com os amigos dela. Até hoje conversamos, eu adorei conhece-la”, detalha Poliana.
Mesmo sem estrear pelo UFC, primeira conquista já aconteceu...
Apesar de ainda não ter estreado pelo UFC, a nova fase em sua carreira já está acompanhada por um momento inesquecível. Poliana foi convidada pela prefeitura de Muriaé para ser a condutora da tocha olímpica durante a passagem do objeto pela sua cidade natal.
Segundo Poliana, além do convite da prefeitura, uma votação foi feita entre os moradores da cidade para que um representante fosse escolhido, e seu nome foi colocado lá por fãs do seu trabalho. Para a atleta, o momento foi inesquecível.
"Eu nunca vivi antes uma emoção como essa. Foi uma festa maravilhosa escutar a cidade toda gritar meu nome. Não sei nem o que dizer desse momento, realmente ficará marcado pro resto da vida", celebrou a lutadora.
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