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UFC 198 reúne três brasileiros de olho em título. Mas Anderson faz alerta

Anderson Silva avaliou a possibilidade do Brasil ter novos campeões no UFC - Reprodução
Anderson Silva avaliou a possibilidade do Brasil ter novos campeões no UFC Imagem: Reprodução

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/03/2016 06h00

A luta entre o peso pesado brasileiro Fabrício Werdum, 38, e o desafiante norte-americano Stipe Miocic, 33, é a única que vale título no card do UFC 198, no dia 14 de maio, em Curitiba (PR). No entanto, e por motivos diferentes, disputas de cinturões do Ultimate foram o principal assunto de uma entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (30), em um hotel do Rio de Janeiro (RJ). Enquanto o ex-campeão Anderson Silva, 40, apontou poucas chances de o país ter novos atletas dominantes no circuito, três outros componentes na mesa disseram que se veem perto de um title shot.

Anderson foi questionado sobre o atual panorama dos brasileiros no UFC. “Acredito que perdemos muito daquela força de vontade de subir lá e ter uma renovação. Tive a oportunidade de vir de uma era em que havia grandes ídolos no esporte, e eu pude me espelhar neles para chegar aonde eu cheguei. Não é porque o [Ronaldo] Jacaré está aqui, mas eu aposto todas as minhas fichas nele. Depois dele e do José Aldo, não vejo ninguém que possa vir a ser campeão nos próximos tempos”, respondeu.

Para o Spider, essa é uma demonstração de que o Brasil vive uma entressafra no circuito: “Teve uma época em que nós tínhamos metade dos cinturões. Hoje só temos dois”. Os atuais campeões nascidos no país são Rafael dos Anjos (leves) e Fabrício Werdum (pesados).

O melhor momento do Brasil no UFC aconteceu em 2012, ano em que o país chegou a acumular quatro dos oito cinturões (Anderson Silva nos médios, José Aldo nos penas, Júnior Cigano nos pesados e Renan Barão nos galos). Nas duas temporadas seguintes, começou uma estiagem. No início do ano passado, apenas Aldo resistiu na lista de campeões – ele foi derrotado por Conor McGregor em dezembro e ainda não teve chance de revanche.

Sem Anderson e Aldo, os dois campeões mais longevos nascidos no país, o Brasil agora procura outros candidatos. No card do UFC 198, essa é a situação de Ronaldo Jacaré, 36, e Vitor Belfort, 38, que farão um duelo pelo peso médio.

“Eu tenho certeza que o vencedor merece lutar pelo cinturão. O que é dado pode ser tirado, mas o que é conquistado ninguém pode tirar. É merecimento meu e do Jacaré”, disse Belfort. Depois de Anderson ter sido destronado por Chris Weidman, o atual vencedor dos médios é Luke Rockhold. “Eu estou muito focado no meu objetivo de cinturão”, completou.

Outro postulante ao título que está no card do UFC 198 é Demian Maia, 38, dos meio-médios. Com quatro vitórias nas últimas quatro lutas e 16 triunfos no Ultimate, ele acha que pode desafiar o campeão Robbie Lawler se vencer Matt Brown em Curitiba.

“Ganhando essa luta, chego a cinco vitórias consecutivas e a oito nesse peso. Quero disputar o cinturão”, disse o brasileiro nesta quarta-feira. “Não vou gritar, falar ou ficar repetindo. Se eu vencer, espero não precisar fazer malabarismo para pedir o cinturão. Vou merecer isso”, completou.

Warlley Alves foi o único brasileiro que vive boa fase a adotar um tom mais comedido. “É claro que eu penso em título, mas esse é um plano para daqui dois ou três anos”, disse. Em Curitiba, o lutador invicto vai encarar Bryan Barbarena.
 

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