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Goto viaja, se nega a falar e será ouvido pela CBG após matéria da Globo

Ricardo Bufolin/COB/divulgação
Imagem: Ricardo Bufolin/COB/divulgação

Demétrio Vechiolli

Do UOL, em São Paulo

30/04/2018 21h11

A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) se posicionou sobre as acusações de abuso sexual infantil feitas por diversos atletas e ex-atletas ao ex-técnico Fernando de Carvalho Lopes. Em nota divulgada nesta segunda-feira (30), a entidade diz que adotará as providências necessárias junto ao Ministério Público do Trabalho e fará a oitiva de Marcos Goto, técnico-chefe das seleções masculina e feminina de ginástica.

“Nenhum caso de assédio ou abuso ficará sem rigorosa apuração e eventual sanção, conforme a hipótese”, prometeu a CBG, que destaca que ouvirá Goto, atual coordenador técnico da ginástica brasileira, a respeito das acusações de que teria desdenhado dos casos, dos quais os ginastas alegam que ele tinha conhecimento.

Um dia depois de ser criticado e acusado pelos atletas de fazer chacota com as vítimas sobre os possíveis abusos sexuais de Fernando, Goto viajou ao Rio de Janeiro. Segundo apurou o UOL Esporte com pessoas próximas, o treinador já tinha compromisso marcado na capital fluminense antes da divulgação da matéria do Fantástico, exibida neste domingo.

O técnico da seleção de ginástica é funcionário contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, porém, segundo apuração, não compareceu a nenhuma reunião na entidade.

Em contato da reportagem via telefone, Goto disse que “irá falar sobre o caso no momento oportuno”. O treinador não é funcionário contratado da CBG, mas ocupa o cargo de coordenador técnico das seleções masculina e feminina de ginástica durante o período em que as equipes estão reunidas para competições.

No comunicado divulgado à imprensa nesta segunda-feira, a CBG afirma que um seminário exitoso com o COB resultou em “ações e atividades educativas e preventivas nesse aspecto”.