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Ministro da Alemanha detona Copa no Qatar: 'Só a corrupção explica'

Foto de arquivo do ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck - Michele Tantussi/Reuters
Foto de arquivo do ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck Imagem: Michele Tantussi/Reuters

18/11/2022 13h24

Classificação e Jogos

O elenco da Alemanha já está no Qatar para a disputa da Copa do Mundo. Entretanto, no país a aceitação da nação asiática como sede do Mundial está longe de acontecer. Acontecem protestos pelos mais variados motivos — que passam pelos direitos humanos, trabalhistas e até da temperatura e data escolhida para a realização da competição pela Fifa. E nem as autoridades germânicas estão maneirando o tom.

Depois das duas principais autoridades alemãs, o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chanceler Olaf Scholz, recusarem o convite formal feito pelo Qatar para que fossem acompanhar o torneio. Agora, o ministro da Economia, Robert Habeck, elevou o tom contra a escolha do país como sede do Mundial e dizer que 'a corrupção' é a principal justificativa.

"A ideia de realizar a Copa do Mundo em temperaturas como a do Qatar sempre foi uma ideia maluca e não pode ser explicada de outra forma senão pela corrupção", disse Habeck a jornalistas em Berlim.

Quando questionado se iria assistir a Copa in loco, Habeck discordou dos mandatários germânicos e disse que 'nunca teve tanta vontade'. No momento, porém, isso não é cogitado.

O Qatar conquistou o direito de sediar a Copa em 2010, em uma polêmica dupla decisão que deu o Mundial de 2018 para a Rússia. Vários membros do então Comitê Executivo da Fifa já foram condenados por corrupção desde então. O país asiático nega que tenha usado meios injustos e rebate as acusações sobre violação de direitos humanos e trabalhistas para trabalhadores imigrantes. Apesar de não flexibilizar as leis contra a homossexualidade e manter o veto ao consumo de bebidas alcóolicas em áreas pública, o que contraria acordos feitos pela entidade máxima do futebol.

As relações diplomáticas entre Qatar e Alemanha não estão das melhores. Por conta da área econômica. Habeck visitou os árabes em março, para tratar de uma parceria energética e entregas de gás natural. O ministro admitiu que não deu em nada, mas conversas intensas estão sendo realizadas por empresas alemãs. Os asiáticos queriam contratos de longo prazo.

Depois da visita oficial, o ministro disse à imprensa alemã que o governo local 'conseguiu ofertas mais baratas em outros lugares'.

"O Qatar não é um bom parceiro", disse Habeck na ocasião.

Apesar das controvérsias quanto à escolha do Qatar como país que sediará a Copa do Mundo de 2022, a competição começará no próximo domingo (20). No estádio Al Bayt, os anfitriões encaram o Equador, às 13h (de Brasília).