Sindicato dos Médicos do Japão pede o cancelamento dos Jogos de Tóquio
O Sindicato Nacional de Médicos do Japão entrou nesta quinta-feira com uma petição junto ao governo pelo cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, previstos para começarem no dia 23 de julho.
Segundo a entidade, o evento que vai reunir cerca 11 mil atletas durante dois meses - além dos Jogos Olímpicos, haverá os Jogos Paralímpicos na sequência -, representa um grande risco para a população, com a possível propagação de novas cepas do coronavírus.
A petição, enviada para o Ministério da Saúde japonês, pondera que, mesmo se a Olimpíada for realizada sem público, somente a presença de atletas, comissões técnicas, árbitros e jornalistas já pode ser suficiente para que novas cepas sejam propagadas no país.
- Para os atletas, será duro, mas alguém tem que pedir o cancelamento dos Jogos. Por isso, pedimos isso. O governo tem uma importante missão, que é proteger a vida dos cidadãos e deve mostrar uma postura clara com relação a isso - disse um funcionário do sindicato, Naoto Ueyama.
Para especialistas locais, o Japão já vive a quarta onda de infecção pelo covid-19. O número de novos casos está acima de 5 mil por dia, cinco vezes maior do que há dois meses. A menos de dois meses da Olimpíada, menos de 2% da população já foi vacinada.
- Quarenta por cento dos médicos em atividade já ultrapassaram o limite de horas extras, e 10% estão trabalhando o dobro do limite legal de horas. Esta carência de médicos é um fator que afeta muito nosso sistema. O governo precisa reduzir o número de médicos - completou um dos sindicalistas.
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