Dedicação e intensidade: quem é Pedro Castro, reforço do Botafogo
Mudanças nunca são fáceis, principalmente quando se passa quatro anos no mesmo lugar. Mesmo assim, Pedro Castro aceitou o desafio de retornar para o Rio de Janeiro, onde nasceu, assinar com o Botafogo e deixar o Avaí, onde criou uma relação de idolatria com boa parte da torcida.
O meio-campista de 28 anos foi anunciado como reforço do Botafogo na última sexta-feira e é a segunda contratação confirmada do clube de General Severiano para a temporada. O LANCE! entrevistou Eduardo Fernandes, setorista do Avaí no "Grupo VEG Esportes", que explicou um pouco sobre a relação de Pedro Castro com o clube nos últimos anos.
- O Pedro Castro ficou quatro temporadas divididas em duas passagens no Avaí. As duas foram na mesma qualidade e intensidade, tanto dele com o clube quanto da torcida com ele. Sempre foi um cara muito esforçado e que se entrega o tempo todo, nunca teve problema extracampo, é uma pessoa concentrada no trabalho e que respeitava o ambiente e os companheiros. Um cara bem visto pelas pessoas do clube - afirmou.
Apesar de toda a dedicação dentro de campo, nem sempre a reciprocidade veio por parte das arquibancadas. Pedro Castro teve a "responsabilidade" de substituir uma das maiores referências da história do Avaí e sofreu com a pressão em alguns momentos.
- O grande problema foi que ele chegou para ocupar um lugar no time que tinha como antecessor o Marquinhos, que hoje é gerente de futebol. Ele, se não o maior, um dos maiores ídolos da história do clube. O sarrafo ficou alto. Ficou o passado do fantasma do Marquinhos e a torcida pegou muito no pé dele. O Pedro Castro é um cara que tem técnica, vontade e comprometimento com o time. No Avaí ele foi injustiçado por causa dessa pressão. Se outros integrantes do grupo tiverem qualidade, ele vai render bastante - completou Eduardo.
O jogador chega para ser uma das referências do meio-campo. De acordo com Eduardo, Pedro Castro é técnico e se destaca por ocupar os espaços no gramado. Por outro lado, ainda busca uma maior consistência.
- Ele rende mais como segundo volante, mas também joga mais avançado. Ele tem bom passe e boa finalização de fora da área. É versátil e se movimenta por quase todo o meio-campo, um cara que chama o jogo. Ele precisa melhorar no fato de que às vezes tem jogo que ele se escondia muito, até por isso que a torcida do Avaí pegava no pé dele - analisou.
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