Santos se esforça para não reduzir salários, mas projeta queda de receita
A diretoria do Santos tem buscado alternativas para não propor redução salarial para os atletas durante a pandemia do novo coronavírus, mas sabe que a missão será difícil, pois prevê queda de retorno financeiro a partir de maio.
Embora tenha soltado um manifesto pedindo para que os sócios torcedores abracem o clube neste período de crise econômica mundial e de ter lançado uma promoção de 50% de desconto no Sócio Rei em abril, mês de aniversário do clube, o membro do comitê de gestão do Peixe, Pedro Dória, acredita na redução do quadro associativo santista. Além disso, o CG confirmou, em entrevista ao Instagram do jornalista Fellipe Camargo, cancelamento do repasse dos direitos de transmissão do Campeonato Paulista, suspenso desde o dia 16 de maio e que não tem previsão de retorno.
- Foi amplamente divulgado que a Globo suspendeu os pagamentos da remuneração de performance. O que acontece é que a gente vê as discussões de que o produto futebol já foi comercializado durante o ano inteiro, patrocinadores e televisão. Quando uma empresa contrata um serviço, compra um produto, ela quer que você entregue - disse Dória.
O gestor, no entanto, afirma que o abalo financeiro do caixa santista não tem sido maior, pois o clube tem sabido lidar com a situação, inclusive com um comitê de crise durante o surto de COVID-19. Esse grupo, que envolve membros do CG e da diretoria, tem buscado a renegociação com alguns fornecedores e otimização de custos, mas já é admitido internamente um abalo de certa significância no balanço financeiro do Peixe, justamente pelos motivos citados acima.
- Existe uma discussão interna, um comitê de crise dentro do CG, do clube, dos diretores, onde a gente projeta algumas situações. Evidentemente, se essa pandemia perdurar, as situações serão pensadas para honrarmos esses compromissos - afirmou.
Vale ressaltar que a primeira medida de contenção tomada pela diretoria santista foi ter concedido férias coletivas a todos os atletas, comissões técnicas e grande parte do corpo de colaboradores. O recesso inciou no dia 1º de abril e durará até o dia 20 do mesmo mês, podendo ser ampliada por mais dez dias.
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