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Tenório lança chapa à presidência e explica racha com ex-aliados no Flu

11.jan.2014 - O vice de futebol do Fluminense, Ricardo Tenório, concede coletiva de imprensa - Fernando Cazaes/Photocamera
11.jan.2014 - O vice de futebol do Fluminense, Ricardo Tenório, concede coletiva de imprensa Imagem: Fernando Cazaes/Photocamera

30/04/2019 16h37

Ricardo Tenório, de 58 anos, será candidato à presidência do Fluminense. Após romper com o "triunvirato" formado com Celso Barros e Mário Bittencourt, o empresário e ex-dirigente do clube será um dos nomes que disputará o pleito no dia 8 de junho, antecipado por Pedro Abad. A confirmação veio nesta terça-feira, em reunião realizada na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde lançou a "Chapa Libertadores".

"Vim para dizer que estou lançando a minha candidatura à presidência. Já fui duas vezes vice-presidente de futebol, colaborei com algumas gestões e com o Fluminense. Libertadores é um sonho dos nosso torcedores, mas não é só isso. Nossa ideia é libertar o Fluminense dessas amarras que prendem o clube. Falta de transparência, sem projeto, sem planejamento. Temos que nos libertar disso e tenho capacidade de liderar o projeto", declarou Tenório.

A saída de Ricardo Tenório da aliança foi oficializada em abril, através de carta aberta divulgada pelo empresário. Desde o ano passado, em junho de 2018, o Triunvirato se aproximou e formou uma união que visava à disputa no próximo pleito, mas não foi à frente com três integrantes. Tenório explicou o motivo para ter deixado a chapa.

"Na última eleição, fui vice-presidente da chapa com Mario Bittencourt e, após isso, tínhamos definido que éramos a única oposição e isso teria continuidade. Depois, nos unimos com o Celso e virou o triunvirato. No triunvirato, não havia personalismo. Quando vi que isso foi se diluindo e se tornou personalista de uma pessoa, resolvi seguir o meu caminho ", declarou, antes de completar:

"Nós discutíamos pouco o termo de cabeça de chapa. Com a antecipação da eleição, isso se precipitou. Eu sempre me coloquei que poderia liderar o processo. Mário e Celso vinham de campanha. Eu me via como alterativa para liderar esse processo. Então, veio a questão de discutir critério e pendeu para o lado do personalismo. Discutimos em grupo, esgotei todas as possibilidades e, quando vi que o projeto não era esse, eu desembarquei".

Ricardo Tenório é empresário do ramo imobiliário. No Fluminense, foi vice-presidente de Futebol na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, momento em que surgiu o "Time de Guerreiros". Ocupou o cargo também no início da temporada de 2014. O candidato ainda não tem nomes definidos para o futebol ou para a vice-presidência, mas citou alguns projetos para o clube.

"A minha experiência no futebol diz que vou pegar o Brasileirão em andamento. Não dá para fazer uma mudança radical. Vamos dar continuidade à comissão técnica. Temos um problema grave financeiro. Ontem, foi divulgado um balanço do clube, onde mostra que a dívida crescente. Por isso temos que ter um marketing que funcione e consiga se comunicar com um torcedor para conseguirmos um programa de sócio forte e ativo", declarou e completou:

"Revitalização de Laranjeiras é importantíssima. Tive um acesso superficial ao projeto. Quanto ao Maracanã, me preocupa o fato de o Fluminense ter entrado nessa relação com o Flamengo sem protagonismo. Temos que seguir parceria de igual para igual. Sobre estádio, você tem que consultar o torcedor. Local, tamanho, essa discussão é bem mais ampla".

A chapa tem até o dia 30 de maio para ser registrada. Além de Tenório, outros três já anunciaram a pré-candidatura à presidência do Fluminense: o ex-deputado Ayrton Xerez, o conselheiro Marcelo Souto e o advogado Mário Bittencourt.

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