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Diego Souza no Botafogo: os fatores que agregam à equipe alvinegra

09/03/2019 06h55

Diego Souza é o reforço sétimo reforço do Botafogo para 2019. O mais badalado, até aqui. Diante de muita expectativa por parte da torcida, que torceu pela sua chegada desde o início das negociações com o São Paulo, o jogador de 33 anos pode agregar consideravelmente à equipe alvinegra.

O LANCE! reuniu fatores que corroboram com o esforço do Botafogo para contratar Diego Souza, em negócio que se dá por empréstimo até o fim desta temporada (leia mais sobre a negociação aqui). Confira abaixo:

A PEÇA QUE FALTAVA

Apesar das limitações financeiras, o Botafogo construiu um elenco com peças interessantes. Com uma mistura entre jogadores de base promovidos e novas contratações, o treinador Zé Ricardo possui opções para praticamente todas as posições. O ataque, porém, era um dos setores que careciam de alternativas.

Diego Souza chega para ser uma das peças que falta para o quebra-cabeça do Botafogo ficar próximo do ideal - e completo. Com a saída de Rodrigo Aguirre, apenas Kieza e Igor Cássio, que veio da base, eram as opções disponíveis no elenco. Dessa forma, o recém-contratado chega para somar.

AGREGA NO ESTILO DE ZÉ RICARDO

Zé Ricardo gosta que o atacante principal da equipe seja móvel, que não fique parado, mas dê opções para os outros companheiros, seja com movimentação para os lados ou fazendo pivô para que outro jogador entre na área como um elemento surpresa.

Diego Souza, até por ter sido meio-campista durante boa parte de sua carreira, é capaz de ser esse atacante de movimentação que Zé Ricardo tanto almeja. O mapa de calor do jogador na temporada passada, como pode ser visto em cima, indica um atleta que sempre aparece como opção no setor de ataque como um todo. Atrelado a isso, está um bom senso de posicionamento dentro da área, o que ajuda, por exemplo, nas finalizações de cabeça.

POLIVALÊNCIA

Apesar de se mostrar como um atacante nos últimos meses, Diego Souza é marcado pela polivalência dentro de campo. Já experiente, o atleta começou sua carreira como meio-campo e, por consequência, também pode atuar nesta faixa do gramado. Além do centro, o jogador também pode cair pelos lados do campo: apesar de não ter a velocidade como ponto-chave, Diego Souza possui boa impulsão física e sabe se movimentar.

Assim como Cícero, outro jogador recém-contratado, Diego Souza é opção para alguns setores do campo, um fator que Zé Ricardo enxerga como positivo. Em 2019, foi possível ver o treinador mexendo no posicionamento dos jogadores no meio das partidas, sem fazer nenhuma substituição. Nesse contexto, a presença de Diego Souza pode se fazer como fundamental, já que ele exerce diferentes funções dentro de campo.

HOMEM-GOL

Apesar de atuar mais perto do gol adversário há certo tempo, ainda é possível encontrar muitas dúvidas sobre a possibilidade de Diego Souza render como o principal atacante de um clube. No Sport, em 2016 e 2017, o atleta ainda era, em tese, um meio-campo, mas já aparecia com mais frequência dentro da área para finalizar as jogadas; no São Paulo, em 2018, a mudança de posição foi, de vez, estabelecida.

A mudança, pelo o que os números indicam, foi positiva para a carreira de Diego Souza. Atuar mais próximo do gol adversário, em uma posição avançada do ataque, representa, no mínimo, onze gols por Campeonato Brasileiro. Foram assim nos últimos três anos: em 2016, o atleta fez 14 gols, sendo o artilheiro daquela edição; em 2017, foram onze tentos; por fim, no ano passado, o atacante balançou as redes em 12 oportunidades na competição nacional.

NOVOS ARES

A eliminação do São Paulo para o Talleres, na primeira fase preliminar da Taça Libertadores, colocou um sinal de alerta no Tricolor, que começou um processo de reformulação no elenco. Do banco de reservas ao elenco profissional, vários pontos passarão por mudanças antes do início do Campeonato Brasileiro e no decorrer do Campeonato Paulista.

Um desses pontos é a entrada de Cuca, que entrará no lugar do interino Vagner Mancini quando se recuperar de uma cirurgia. O novo treinador, que esteve presente em toda a negociação com o Botafogo, indicava que não utilizaria o atleta no Tricolor, que, por sua vez, buscava diminuir a folha salarial. Além disso, a relação de Diego Souza com os torcedores não era a mais positiva. No fim, a negociação com o Alvinegro pode representar uma "sobrevida" ao atleta, que, em um ambiente que lhe favorece, pode reencontrar as boas atuações.