Defesa cita Lava Jato para tentar soltar suspeita de matar Daniel
A defesa da família Brittes usou uma decisão do ministro Gilmar Mendes na Operação Lava Jato para tentar reverter a prisão temporária de Cristiana Brittes, de 35 anos, presa por suspeita de envolvimento no assassinato do jogador do São Paulo, Daniel Corrêa.
Em dezembro de 2017, o ministro do Supremo Tribunal Federal concedeu uma liminar em favor de Adriana Ancelmo, esposa de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, concordando com o argumento de que Adriana, precisava ficar em casa cuidando de seus dois filhos. Ela foi condenada a 18 anos de reclusão na Operação Calicute, 37ª fase da Lava Jato, por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Sendo assim, Adriana saiu da cadeia e aguardou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em prisão domiciliar. Em menos de dez dias, o STJ confirmou a decisão da corte superior, mantendo Adriana em sua residência.
Na última segunda-feira, o advogado da família Brittes, Claudio Dalledone Júnior, mencionou a decisão de Gilmar Mendes para pedir a revogação da prisão temporária de Cristiana Brittes, alegando que a mulher de Edison Brittes precisa cuidar de sua filha de 11 anos. De acordo com o advogado, a criança não tem parentes com quem possa ficar durante o dia.
Edison e Allana, a filha mais velha do casal, também estão presos de forma temporária. O pai confessou ter assassinado e torturado Daniel, que foi encontrado morto em uma plantação de pinos, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no dia 27 de outubro.
O meia pertencia ao São Paulo e estava emprestado para o São Bento (SP). Daniel surgiu nas categorias de base do Cruzeiro. Antes de se tornar profissional, reforçou o Botafogo em 2013, no qual teve espaço na equipe principal e se destacou no ano seguinte. Em dezembro de 2014, chegou a conversar com o Palmeiras, mas foi reprovado nos exames médicos e acabou contratado pelo São Paulo.
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