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Everton Ribeiro: 'A mística nos inspira a buscar o título até o final'

Em entrevista, meia fala de bom momento do Flamengo - Luciano Belford/AGIF
Em entrevista, meia fala de bom momento do Flamengo Imagem: Luciano Belford/AGIF

26/10/2018 05h10

A boa fase fora de campo ajuda o desempenho do jogador dentro das quatro linhas e vice-versa, garante Everton Ribeiro. E o 2018 do camisa 7 do Flamengo, no lado pessoal e profissional, "vai muito bem, obrigado". Líder de assistências e um dos principais nomes do time da Gávea, o meia superou um drama com o nascimento prematuro de seu filho. Agora, Augusto, forte e saudável aos cinco meses, tornou-se o amuleto do jogador que sonha com o título do Brasileirão.

Além disso, ao ser questionado sobre arrancadas que o time rubro-negro já teve em edições anteriores do Brasileiro, não esconde que serve de inspiração e ressalta o peso que torcida vem tendo na campanha da equipe.

"Sim, saber que o Flamengo já tem essa mística nos inspira a olhar para trás e buscar esse título até o final. A torcida vem fazendo a parte dela com maestria, estão incentivando sempre. Isso é um ânimo a mais para a gente continuar, a cada jogo, estar diminuindo a distância para o primeiro colocado e buscar à liderança", afirmou Everton ao LANCE!.

A possível conquista do hepta passa pelo embate com o Palmeiras, sábado, no Maracanã. Para o confronto com o líder, que tem quatro pontos de vantagem, Everton Ribeiro e Flamengo devem contar com o "pé-quente" de Augusto: nos quatro jogos que entrou com o papai em campo, o Rubro-Negro venceu todos.

Na entrevista exclusiva ao LANCE!, no Ninho do Urubu, o camisa 7 fez mistério, mas indicou a "escalação" do filho no sábado. Além disso, avaliou a passagem pela Gávea, as pretensões do clube na reta final do ano e a união do elenco. "A princípio ele vai para o jogo, temos que ver como estará o clima. A princípio ele está escalado sim."

Confira:

Como avalia o momento do Flamengo no Brasileirão, que entrou em fase decisiva?

"Acho que conseguimos um ritmo muito bom, as semanas livres de treinamento estão ajudando muito, estamos conseguindo acertar os detalhes que vínhamos errando e isso nos dá confiança para, na hora do jogo, fazer o nosso melhor."

No Fla-Flu, último jogo seu no Maracanã, você deixou o campo ovacionado pela torcida. É o seu melhor momento na Gávea?

"Acho que sim, estou conseguindo desenvolver bem o meu jogo dentro de campo, ajudando a equipe a trazer as vitórias e ser reconhecido nos jogos me deixa muito contente e me motiva ainda mais para seguir melhorando."

O Flamengo passou a atuar de forma mais objetiva sob o comando de Dorival, sem perder a posse de bola. É fruto do trabalho com o treinador?

"Nossa característica, querendo ou não, é de manter a posse de bola, agora estamos infiltrando mais, conseguindo finalizar e fazer os gols, o que não vinha acontecendo. Isso tem nos ajudado dentro do jogo a ter mais tranquilidade."

Você chegou à Gávea em 2017 e precisou de um período para adaptar-se ao clube, ao futebol brasileiro... Agora, neste ano, quem passe por esse processo é o Vitinho; Você conversou com ele sobre essa situação?

"Não só eu, mas os mais experientes também. Réver, Diego... Conversamos com ele. A gente sempre tenta passar o que já vivemos, que uma hora ele iria deslanchar, tudo tem seu tempo e agora ele já tem demonstrado o Vitinho que todos esperavam. Tem nos ajudado muito e acredito que ele vai evoluir ainda mais. Foi um período que ele passou, agora já ficou para trás, está confiante e a gente torce para que ele possa melhorar cada vez mais."

Assim como o Vitinho, você foi um grande investimento feito pelo clube. Isso pesa para o jogador?

"Acho que não. Para nós jogadores, não. Pesa mais para a torcida, para a imprensa que sempre fica de olho, é o trabalho. Nós sabemos que, independente de ter sido um real ou milhões, o que vale é dentro de campo. A melhora vem com os treinamentos, com a qualidade dentro de campo. Então, ele e todo mundo, agora, estão confiantes que cada vez possa estar fazendo o melhor pelo Flamengo."

A gente percebe nas comemorações uma união muito grande do grupo. Com o Henrique Dourado, por exemplo, sendo um dos mais empolgados com os gols de Uribe, que disputa com ele a "camisa 9", no Fla-Flu. Qual a importância de ter esse bom ambiente entre os jogadores, apesar da briga pela titularidade?

"Nosso grupo é muito bom, é realmente unido. Quando passamos por momentos difíceis, a gente se junta ainda mais. Isso faz a diferença, vocês repararam que o Henrique Dourado é um dos que mais comemora os gols, não só dos atacantes, mas de todos. É um cara especial. Sentimos isso nos treinamentos, essa união nos ajuda muito e creio que isso faz com que estejamos sempre chegando nas competições."

E agora o Diego volta a acirrar a briga no meio de campo. Dor de cabeça para o Dorival?

"É muito bom ter ele de volta, é um grande jogador que nos ajuda muito dentro de campo com sua experiência, com sua qualidade e agora vai ter um quebra-cabeça para o Dorival. A gente deixa isso para ele resolver. Quanto mais jogadores da qualidade do Diego à disposição, melhor para a gente."

O Flamengo tem recebido apoio incondicional da torcida, é a maior média de público da Série A, ingressos esgotados para sábado... Esse carinho é um motivo a mais para a equipe brigar até o fim pelo Brasileirão?

"A torcida vem comparecendo, nos ajudando e isso faz a diferença, sem dúvida. Não é a toa que a torcida do Flamengo é conhecida como uma das maiores e melhores do Brasil. Vai ser um diferencial para nos ajudar a buscar a liderança."

Quais os principais concorrentes do Flamengo na briga pelo título brasileiro?

"São os que estão brigando na frente. São grandes times. O Palmeiras tem uma vantagem boa, então temos que ir com os pés no chão, jogo a jogo, passa muito por esse jogo do Paraná, continuar essa arrancada e na briga pelo título."

O bom momento fora de campo, com a família e o filho, ajuda dentro de campo?

"Quando tudo vai bem em casa, com meu filho, minha esposa, isso ajuda muito fico mais confiante e ajuda no desempenho dentro de campo."